O treinador Paulo Alves está de regresso ao ativo no Beira-Mar e diz que a qualidade da equipa pesou na decisão. Depois de algumas observações percebeu que o equilíbrio da equipa depende do reforço do sentido coletivo com unidades ajustadas à realidade da prova.
Do passado fica uma passagem por Olhão com uma administração italiana num projeto que não singrou. O técnico diz que não teme a reedição desse cenário.
“Completamente diferente. Uma coisa não tem a ver com a outra. Falamos sobre várias situações e o projeto pareceu-me aliciante. Acredito que as coisas serão bem diferentes para melhor, se Deus quiser”.
Paulo Alves admite que a presença do diretor desportivo Frechaut nas negociações foi importante para assumir o compromisso classificando o antigo médio do Boavista como homem “sempre sério, objetivo e lúcido”.
Com notícias sobre incumprimentos salariais a fazerem parte do dia-a-dia, o técnico salienta que o Beira-Mar não é diferente dos restantes emblemas.
“As dificuldades no futebol português são comuns. Qual o clube deste nível que não tem dificuldades? Estou habituado a trabalhar com dificuldades. Tenho a garantia das pessoas de que tudo irão fazer para que a estabilidade seja a melhor possível. Tenho essa garantia e acredito que isso vai acontecer”.
O técnico orientou o treino desta manhã e este domingo orienta um jogo treino em Coimbra frente à Académica. Sedikki não deverá alinhar na partida de Freamunde, a primeira do ano frente ao líder da II Liga. O técnico diz que antes de pensar em reforços quer valorizar os disponíveis no plantel.
“A minha ideia é que importante é quem está. Com tempo e calma veremos o que é possível. Queremos chegar a algo que seja mais-valia e que possa trazer reforços que possam pesar no coletivo”.
O ambiente de tensão entre sad e adeptos não passa despercebido ao técnico que promete assumir lugar de charneira para fomentar o entendimento e atratividade da equipa.
“Em Inglaterra e Espanha é que há estádios cheios. Aqui temos que puxar pelos adeptos com futebol de qualidade e competitivo. Pelo menos que venham sócios e simpatizantes. Temos que ser charneira”.
Com a subida como sonho que se vai manter pelo número de pontos em disputa, Paulo Alves admite que o jogo de dia 4 de Janeiro, em Freamunde, é importante mas prefere aliviar a tensão.
“Freamunde será importante como são todos. São líderes mas são três pontos apenas. Não vamos atribuir importância decisiva. Depois teremos o Leixões. Todos os outros serão importantes. O somatório é que define o futuro”.