O Beira-Mar afirma-se disposto a aceitar o castigo que a Associação de Futebol de Aveiro entender aplicar a propósito da suspensão do jogo com o União de Lamas ao intervalo devido a uma alegada agressão de um adepto ao árbitro do encontro.
Hugo Coelho falou ao programa Segunda Parte e refere que se tratou de um ato isolado que não espelha o clima de segurança no estádio. Ainda assim admite estar preparado para a penalização. O dirigente afirma-se mais preocupado com as consequências para a imagem do clube.
“Mais do que o resultado o que nos preocupa foram os atos. No projeto de refundação o objetivo é ter a cidade a aproximar-se e isto belisca. É um revés”.
O responsável pela claque do Beira-Mar, Artur Cruz, diz que se tratou de um ato isolado que não deve manchar o conjunto. “o que me deixa triste é que quando acontece algo deste género a culpa é dos auri-negros. Esta não é a nossa mentalidade. Isto foi um ato isolado de um adepto que tem de sofrer as consequências. Futebol não é isto”.
O presidente do União de Lamas espera pelo desfecho do processo defendendo que a vitória da sua equipa é o único cenário possível. “Isto são contingências do futebol. Há dois anos sofrermos as consequências no jogo com o Águeda. Um adepto deu um abanão no fiscal de linha e o árbitro alegou que não tinha condições psicológicas. Fomos penalizados com derrota”.
Arménio Pinho, presidente da AFA, promete mão pesada. O presidente da AFA falou à Antena 1 sobre o momento escaldante vivido e diz que a questão será analisada esta noite em reunião de direção. “Não vamos permitir que pessoas sem educação estraguem um jogo de futebol ou o campeonato. Queremos mais gente nos estádios mas queremos que exista segurança”.
O antigo secretário-geral da AFA e antigo dirigente do Beira-Mar, Fernando Vinagre, afirma que o caso invocado não justificava a suspensão do jogo. Lamenta a imagem dada e fala em extrapolação (com áudio).