O presidente do União de Lamas, derrotado pelo Lourosa no domingo, num dérbi escaldante, explica que tem sentido o favorecimento ao vizinho e diz que a Associação de Futebol está a fomentar um “campeonato da treta”.
José Alves junta-se ao coro de protestos de clubes que desconfia da verdade desportiva e afirma que o que sentiu nas últimas jornadas da época passada está a sentir com mais força neste início de temporada.
Em declarações ao programa “Segunda Parte”, na semana em que se prepara para defrontar o Beira-Mar, o dirigente assume que algo não bate certo quando há decisões que tendencialmente favorecem um emblema (com áudio)
O dirigente do União de Lamas afirma que é necessário garantir condições iguais para todos os competidores e aconselha a Associação de Futebol de Aveiro a tomar pulso à competição.
“Há trabalho por fora noutros campos, noutros jogos. Não é só o Beira-Mar a queixar-se. Nós somos um deles de há uns jogos a esta parte. Não digo que os árbitros se vendem mas que há trabalho feito há. Quem tem dinheiro joga de outra maneira. O Lamas tem sido prejudicado desde o jogo da Vista Alegre. Há uma tendência e não sei porquê. Está anormal. No ano passado o anormal foi no ultimo terço e este ano começou cedo, à 8ª jornada. Quem tem dinheiro e poderio pode fazer tudo e mais alguma coisa”.
O protesto do dirigente do União de Lamas que se afirma disponível para apoiar o Beira-Mar nas queixas que entenda fazer.
A direção do Beira-Mar conversa esta terça com o Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Aveiro sobre o que diz ser o erro consecutivo contra o clube, com casos em vários jogos, e que teve epílogo no passado fim de semana em Castelo de Paiva num jogo que acabou com derrota para os aveirenses, uma penalidade inexistente, um golo anulado e agressão de um adepto ao treinador que acabaria expulso.
Hugo Coelho, presidente do clube, mantém as críticas feitas no domingo e, em declarações ao programa Segunda Parte, não colocou de parte a possibilidade de fazer queixa junto de órgãos de investigação criminal.
“Não podemos permitir que as nossas equipas técnicas trabalhem para depois serem espoliadas, para serem anulados golos com em Fiães e marcados penalidades como em Castelo de Paiva. Vamos utilizar os mecanismos necessários. O presidente do Lamas ligou-me a dizer que sentem o mesmo. E não serão os únicos. Não nos deixamos intimidar e vamos atuar”.