Aveiro promete manter o ritmo da Capital Nacional da Cultura.
No momento em que se encaminha para o final a programação de 2024 e se anuncia o primeiro ciclo de programação em 2025, Teatro Aveirense e Câmara de Aveiro dizem que pouco muda na dinâmica.
Clara Andermatt, Paulo de Carvalho, Marta Pereira da Costa, Branko, José Pedro Gomes, Mão Morta, Cláudia Raia, Armando Punzo e Chiara Guidi são alguns dos artistas consagrados cujos espetáculos serão apresentados no Teatro Aveirense, nos primeiros quatro meses de 2025.
Ribau Esteves fala em "carga simbólica" de programação em linha de continuidade com a Capital da Cultura.
“Este título fez parte da nossa estratégia mais ampla, apoiada no Plano Estratégico para a Cultura 2019-2030, que tem por objetivo a afirmação da Cultura, do património e do setor cultural e criativo de Aveiro, gerando mais participação, mais criação e mais qualificação".
O autarca acredita que o Município vai ser capaz de manter a capacidade de afirmação no contexto nacional.
"A Cultura é um elemento fundamental da vida de Aveiro e sabemos que o Teatro Aveirense vai continuar a afirmar-se no panorama nacional, sendo uma parte fundamental da vida dos Aveirenses e dos visitantes do nosso território”, considera o Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves.
Entre os vários nomes consagrados a ter em conta nos próximos meses, no âmbito da programação do TA, contam-se Clara Andermatt, que apresentará um espetáculo de dança focado no universo feminino e reinterpretando a dança, a poesia e a música iranianas, que assinala o aniversário dos 144 anos do Teatro Aveirense; Paulo de Carvalho, que levará a Aveiro um espetáculo com as suas canções e as histórias que deram origem às mesmas; e José Pedro Gomes e Aldo Lima, com um novo olhar para a peça Amigos da Treta.
Destaque também para a peça com a conceituada atriz brasileira Cláudia Raia, sobre a Mulher 50+, que retrata situações vividas por mulheres no seu ‘segundo ato’ de vida; para apresentação do último álbum da guitarrista e especialista em guitarra portuguesa Marta Pereira da Costa e do mais recente trabalho do produtor e compositor João Barbosa, mais conhecido como Branko; e ainda para o concerto dos Mão Morta, que levam ao palco do TA um espetáculo que combina a música de intervenção portuguesa pré-25 de Abril, o rock e o experimentalismo.
Fazem ainda parte da programação do Teatro Aveirense duas figuras de relevo no teatro europeu.
Chiara Guidi e Armando Punzo, ambos italianos, são reconhecidos por se focarem em campos muito específicos de criação: Guidi no teatro para a infância e Punzo na produção teatral com reclusos.
De salientar ainda para três criações que irão com certeza marcar a temporada: Solstício de Inverno, da companhia Teatro da Cidade; Sul, da companhia A Turma – e com interpretação de atores como Virgílio Castelo –; e Refugiado, do ator e encenador Paulo Matos, que construiu a peça tendo por base o relato de um homem que foge do seu país de origem.
A ligação com as escolas voltará a fazer parte da programação do Teatro Aveirense, com três atividades dirigidas exclusivamente a este público: Ars ad Hoc - Audições comentadas, um concerto para os estudantes ouvirem diferentes obras musicais, acompanhado por comentários de elementos da associação cultural aveirense Arte no Tempo; o espetáculo O que é Um Problema, que junta no palco duas bailarinas, uma delas também artista plástica, e um músico; e a peça de teatro 25 de abril de 1974, da companhia Mala Voadora, encenado por Jorge Andrade.
Este arranque de ano é também exemplo da vontade de manter algumas das grandes marcas da programação do Teatro Aveirense, de que é exemplo o Concerto de Ano Novo, assim como as rubricas Novas Quintas, dedicada a músicos emergentes, Os Filmes da Nossas Terças, especializada no cinema de autor, e Música na Escola, apostada em cativar o público jovem.
“Estes primeiros meses de 2025 são o reflexo daquilo que será a programação do Teatro Aveirense no resto do ano. É um quadrimestre com uma grande abrangência de áreas artísticas, que equilibra tradição e inovação, considera artistas conceituados e emergentes, alia nomes nacionais e internacionais e que aposta na formação" afirma José Pina, Diretor do Teatro Aveirense.
O programador destaca, ainda, o lugar especial reservado à comunidade artística aveirense.
"São ainda quatro meses com uma forte presença da comunidade artística aveirense, procurando promover também um olhar sobre outras culturas e sublinhar o papel da inclusão. Não está aqui tudo o que faremos em 2025 – longe disso –, mas são já algumas pistas de um ano repleto de atividade”,
Agenda aqui