Alberto Souto Miranda avisa para a possibilidade de reavaliar os concursos lançados pela Câmara de Aveiro.

Em nota divulgada nos últimos dias, o candidato do PS lembra que o Executivo Municipal está a três meses de cessar funções e continua a “abrir concursos de milhões”. “Quem vier a seguir que se amanhe. Irei amanhar, na defesa dos interesses do Município: naturalmente, na primeira semana pós-eleições, o novo Executivo terá que verificar a cabimentação orçamental de todos os concursos abertos este ano no orçamento de 2026 e da sua oportunidade/prioridade”.

O antigo autarca socialista que pretende voltar à Câmara de Aveiro fala em “erros colossais como o Pavilhão Oficina” e de “decisões de má-fé política” citando a “venda dos terrenos na rotunda do rato, para impedir a Avenida de Sta Joana”.

Alberto Souto diz que “todos os concursos abertos sem financiamento garantido e que não sejam considerados prioritários serão anulados”.

“Fica o alerta para investidores e empreiteiros”.

Mensagem deixada na semana em que o Executivo deliberou abrir novo concurso para obras de reabilitação do Museu de Aveiro, no valor base de 5,6 Milhões de euros.

“Há uns anos alertei para os riscos e fui contra a municipalização do Museu: despromoveu-se o museu da categoria de Museus Nacionais e por força disso, os encargos da sua gestão/manutenção – que eram do Estado - ficaram a cargo do Município. Agora aí estão as consequências. Por mim, o Museu regressaria à órbita do Estado, de onde nunca devia ter saído”.

A nota volta a falar do vereador Rui Soares Carneiro que perdeu a confiança política do PS com críticas à manutenção no executivo.

“Pelos vistos o Dr. Rui Carneiro ainda não teve a hombridade de se demitir. Cada dia que permaneça em funções é uma vergonha para a democracia. Fora convidado pelo PS e foi oferecer- se ao Bloco de Esquerda. Traiu. Ninguém o quis. Permanece impávido e ilegitimamente a receber os trinta dinheiros municipais. Não foi eleito por ninguém. Não representa o PS, não representa nada, não tem mandato de ninguém. É um suplente sem qualquer legitimidade. Representa a falta de dignidade e de ética na política. Quantas senhas de presença valerá a sua indignidade?”

Na lista de propostas avançadas no fim de semana, a concluir as ideias para o exercício caso seja eleito, Alberto Souto falou de ambiente e alterações climáticas.

Promete rever o Plano de Acção Climática de Aveiro, actualizando as medidas e métricas, e assume a intenção de elaborar um Plano de Gestão Arbórea para maior sequestro de carbono, construindo os parques já constantes da primeira proposta e replantando árvores (Rossio, Avenida, etc).

A progressiva descarbonização da mobilidade nos transportes colectivos e privados e o Plano de Prevenção e adaptação à subida do nível das águas, com especial incidência na baixa de Aveiro (lago do Paraíso, antiga Lota, Terminal Sul) e em S. Jacinto são aspetos assumidos pela candidatura do PS.

Planos de Preservação da Reserva Natural de S. Jacinto e para a Gestão inteligente da Rede de iluminação pública são temas abordados por Alberto Souto que pretende ainda monitorizar a qualidade do ar na cidade e criar um Conselho Municipal para a Sustentabilidade e Resiliência (Ambiente e as Alterações Climáticas)

Sobre a sustentabilidade financeira diz que a hora das propostas foi cumprida e que o programa vai ao que foi possível executar.

“Foi um exercício transparente e responsável. Não há - ao contrário dos maledicentes- nenhuma proposta megalómana. Não há nenhuma utópica ou ilusória.

Para quem quer continuidade, todo o futuro é impossível ou uma quimera. Queremos o Futuro, mas com realismo e contas certas”.