O Município de Albergaria-a-Velha vai criar um Centro Pedagógico orientado para a Arqueologia e o Ambiente no Monte de São Julião.
A estrutura, na freguesia da Branca, é aposta do executivo camarário para uso da população.
Anuncio feito pelo Vice-presidente da Câmara Municipal de Albergaria, Delfim Bismarck, sobre uma aposta na valorização do património arqueológico, ambiental e paisagístico.
Estrutura que nasce de uma parceria do Município de Albergaria a Velha com o Centro de Arqueologia de Arouca, a Associação BioLiving e a Loci Studio.
Este centro pedagógico incluirá a musealização do espaço arqueológico, uma rede de percursos com sinalética a explicar os valores do sítio, um miradouro, um espaço de clareira para recreio e lazer, uma zona de receção, sanitários e estacionamento.
Nas várias escavações arqueológicas desenvolvidas no Monte de São Julião, já foram identificados “importantes vestígios”, desde a ocupação pré-histórica (a mamoa), passando por um povoado dos finais da Idade do Bronze (muralha ou estrutura de delimitação e utensílios de uso doméstico), até ao século XIX, com a identificação de um posto de telegrafia ótico (telégrafo militar).
Além do valor científico do local, existe o potencial para criar uma “ilha” de regeneração e proteção ambiental, daí o projeto incluir a recuperação ecológica do Monte de São Julião.
Foram identificadas dezanove espécies de flora nativa e cinco de flora exótica, das quais quatro invasoras.
O objetivo é limpar a área das plantas invasoras e promover a plantação de espécies nativas, como o sobreiro, carvalho, carvalhiça, castanheiro, medronheiro ou o sanguinho-de-água.
Salienta-se ainda a presença de um importante património faunístico com a presença de invertebrados, répteis, anfíbios, aves, mamíferos não voadores e mamíferos voadores (morcegos).
Para proceder à recuperação ecológica do local, o Município de Albergaria-a-Velha e a Associação BioLiving vão promover uma ação de voluntariado em fevereiro e março para a remoção e controlo de eucaliptos e de espécies exóticas e invasoras, seguindo-se a regeneração natural e a plantação de espécies nativas