A bienal Reencontros de Música Contemporânea está de regresso. Marcada para 20 a 30 de maio, esta terceira edição vai ocupar diferentes espaços de Aveiro, anunciando dez concertos que cobrem várias estéticas musicais, nos quais se contam diversas estreias. O evento resulta de uma parceria entre o Teatro Aveirense e a Arte no Tempo.
"Mantendo o propósito de apresentar a mais recente criação musical de tradição erudita, e dando relevo aos compositores portugueses e estrangeiros que mais se destacam na atualidade, os Reencontros de Música Contemporânea propõem um conjunto de concertos com música de câmara, orquestral, solística, acústica e mista, assim como instalações, com intérpretes maioritariamente portugueses e encomendas por parte da Câmara Municipal de Aveiro e da Arte no Tempo, com apoio da Direção-Geral das Artes", é referido em comunicado.
O concerto de abertura, no dia 20 de maio, contará com o agrupamento ars ad hoc, que interpreta obras de Gérard Grisey e de Simon Steen-Andersen no espaço do GrETUA. Já o concerto de encerramento, a 30 de maio, na Igreja das Carmelitas, será um concerto monográfico dedicado ao compositor Ricardo Ribeiro (1971). Das cinco obras do compositor em programa, no qual participam o Magnet duo, o ars ad hoc e um agrupamento vocal dirigido por Henrique Portovedo, duas são apresentadas em estreia absoluta, decorrentes de encomendas.
A bienal conta ainda com a presença de artistas como Nuno Aroso, que é o orientador do estágio “Nova Música para Novos Músicos”, e o maestro Nuno Coelho, que dirige a Orquestra das Beiras (Auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro) num programa que inclui a estreia absoluta de um concerto para saxofone e orquestra de João Carlos Pinto, encomendado pela Câmara Municipal de Aveiro, que conta com o solista Luís Salomé.
Criada em 2017, numa parceria entre o Teatro Aveirense, a Arte no Tempo e o Atelier de Composição, a bienal Reencontros de Música Contemporânea tomou como pretexto a celebração dos 40 anos dos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea (1977-2002) e dos 20 anos das Jornadas Nova Música (1997-2001) para dar continuidade à herança musical dos nossos “antepassados” mais recentes, estendendo uma ponte entre o presente e o futuro.