Coletivos aveirenses recordam Gonçalo Ribeiro Telles e dizem que mensagem continua atual.

2020-11-13 07:47

Categoria: 

Concelho: 

Coletivos ambientais de Aveiro recordam Gonçalo Ribeiro Telles e na hora da evocação em dia de Luto Nacional dizem que a mensagem ecologista deve ser perpetuada.

ADACE; ADERAV; Alvorecer Florestal; ASPEA; Aveiro Climate Save; Bioliving; Juntos pelo Rossio; MUBI Aveiro; PAN e QUERCUS (Núcleo Regional de Aveiro) associaram-se ao Dia de Luto Nacional em homenagem a Gonçalo Ribeiro Telles.

Vão propor à Assembleia Municipal de Aveiro a aprovação de um voto de pesar e o cumprimento de um minuto de silêncio, associado ao Dia de Luto Nacional em sua homenagem.

“Gonçalo Ribeiro Telles foi e será sempre uma personalidade destacada pelos valores e princípios em defesa de territórios, tendo desenvolvido muitos projetos a várias escalas da paisagem: jardins privados e públicos, parques públicos, corredores verdes, implantação de rodovias, recuperação de pedreiras, recuperação de quintas de recreio, integração paisagística de unidades fabris, ordenamento rural e do território”, referem as organizações.

Atribuem a Gonçalo Ribeiro Telles um papel “decisivo” nas políticas nacionais para a criação de áreas protegida, dos jardins e das hortas urbanas, perante ameaças de “interesses privados e corporativos”.

Da sua passagem pelo Governo resultou um conjunto de diplomas que foi determinante para a definição de uma política de ambiente e de paisagem, destacando-se a Reserva Agrícola Nacional e a Reserva Ecológica Nacional.

Lembram a sua influência também em Aveiro com o projeto de arquitetura paisagista do Jardim do Rossio (na foto) pela ligação do seu gabinete com o Arquiteto Caldeira Cabral, integrado no projeto concebido pelo Arquiteto Hélder Tércio Guimarães.

Partilham a mensagem do presidente da Fundação Calouste Gulbenkian que destacava o carácter pioneiro de GRT.

“Nunca é demais realçar o espírito de um homem à frente do seu tempo que viu, como poucos, o que reservava o futuro numa altura em que os alarmes das crises ecológica e climática ainda não soavam com a força de hoje. Um homem profundamente cansado de ter razão que tantas vezes viu a cidade tomar um rumo contrário à visão que, sabiamente, defendia, baseada num profundo conhecimento e num amplo bom-senso”.