Dragagens em curso nos canais da Murtosa e Ílhavo e preparação do terreno em Aveiro.

2019-08-21 16:12

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A operação de desassoreamento da Ria que está em força no canal do Boco, junto à cidade de Ílhavo, está a cuidar da zona do cais dos pescadores da Gafanha de Aquém e está a conseguir ganhar terreno na área junto à via de cintura à cidade de Ílhavo pouco depois da travessia da ponte Juncal Ancho.

Os pescadores da Gafanha de Aquém serão dos primeiros a sentir o efeito positivo da dragagem ganhando espaço de manobra uma vez que o acesso ao cais estava limitado pelas marés.

O projeto compatibiliza a extração de fundos arenosos e lodosos com a injeção direta para a margem e apostou na criação de um sistema de retenção de areias no alinhamento das motas e da zona da ponte.

Esse sistema conta com estacaria e impermeabilização com uma altura que coincide com as marés da preia-mar.

O mesmo tipo de intervenção está já em preparação no Lago do Paraíso, em Aveiro, visível da A25.

Numa área que tem sido marcada pela destruição de motas e delimitação de antigas marinhas, a aposta passa pela criação das ditas barreiras de contenção, com estacaria e impermeabilização, seguindo-se o processo de dragagem que fará o reforço das margens com os dragados dos canais de navegação.

Tem obra em curso no canal de Ovar, no troço de acesso ao Cais da Bestida, na Murtosa. Haverá um total de 5 dragas na operação.

Toda a operação, orçada em 21,6 milhões de euros, estará em velocidade de cruzeiro depois de terminada a época balnear com aposta na dragagem do canal de Mira e injeção de dragados na orla marítima.

Recorde-se que está previsto dragar cerca de 1 milhão de m3 de sedimentos numa extensão global de 95 km, cujo objetivo passa também pelo reforço de margens e motas em zonas baixas ameaçadas pelo avanço das águas e da deriva litoral, contribuindo desta forma para a minimização de riscos, especialmente de erosão costeira.Esta ação é financiada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, com uma comparticipação de 75%, sendo a contrapartida nacional assegurada pelo capital social proveniente do Estado e pelas Águas do Centro Litoral, no que respeita à estabilização das suas condutas.

 

 

Foto: JFSS