Aveirenses em choque com ataques em Bruxelas.

2016-03-22 22:23

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Não há portugueses entre as vítimas mortais nos atentados de Bruxelas mas são muitos os aveirenses que tendo ligação à capital Belga manifestaram pesar e preocupação pelos ataques desta terça. Os ataques terroristas, no aeroporto de Zaventem e na estação de metro de Maelbeek, reivindicados pelo Estado Islâmico, provocaram pelo menos 34 mortos e mais de 200 feridos.

Mário Campolargo reside e trabalha na capital belga ao serviço da União Europeia mas acompanhou este momento à distância a partir de Portugal. Este ilhavense confessou no facebook estar bem apesar do choque. “Caros amigos, muito obrigado pela expressão de amizade de tantos de vós! Estamos bem, em Portugal, com a família, preocupados contudo com a violência cega do terrorismo! Temos amigos e colegas de trabalho em Bruxelas seguramente muito preocupados pelas suas famílias. Obrigado a todos!”

Alberto Souto Miranda, antigo autarca de Aveiro e atual quadro do Banco Europeu de Investimento, não esconde que o ataque em pontos de passagem tão habituais causa choque. “São lugares por onde passo tantas vezes. Alguns amigos podem ter ficado lá. Mas serão sempre lugares de liberdade contra a cobardia e o fanatismo. Mandantes sem perdão. Verdugos vazados de si mesmos. Não vergaremos ao absurdo”.

Jorge Tadeu Morgado, antigo deputado em Portugal que trabalha há vários anos junto do Parlamento Europeu, assumiu profunda tristeza. “Uma colega com quem falei de manhã expressava ainda uma profunda surpresa pelo sucedido ‘agora que tinham apanhado Salah Abdelsalam’… O sucesso dessa operação policial e a proximidade da Páscoa, transmitiram a algumas pessoas uma sensação de ‘falsa segurança’ que os acontecimentos vieram sinistramente desmentir”.

A linha de metro que foi atacada é usada por funcionários do Parlamento Europeu o que acabou por levar agitação aos corredores da UE. “Nos momentos após as explosões em Malbeek- e porque esta Estação de Metro é bastante usada por funcionários europeus muito em especial do Parlamento Europeu, a preocupação foi saber dos nossos colegas e avisar os familiares (em Portugal) que estávamos bem. Após o colapso das redes móveis, a única forma de contacto passou a ser através das redes sociais e por SMS (que apesar de tudo e dependendo da rede, estava a funcionar com algumas demoras na entrega/recebimento das mensagens)”.

“Aguardamos agora uma resposta concertada por parte das autoridades belgas, europeias e dos restantes Estados Membros que seja mais eficaz na luta contra estes terroristas e verdadeiros assassinos em massa- sem precipitações, mas com determinação e reafirmando os valores de Liberdade, Segurança e Solidariedade que tornaram a Europa neste grande e admirável espaço que juntos construímos”.