Um jovem, aluno do ensino secundário vai à Escola Secundária da Gafanha da Nazaré apresentar esta terça o livro “Pensamentos de um adolescente”. Diogo Lourenço é um jovem de 16 anos que vive em Aveiro e que assume “talento inato” para a escrita.
“O meu sonho era ser astronauta mas depois percebi que tinha medo das alturas, mais tarde, o meu sonho mudou. Queria ser bombeiro, mas depois percebi que tinha medo do fogo. Também queria ser polícia, mas depois percebi que era demasiado medricas para andar à porrada. Decidi não decidir por agora. Foi quando vivi o período mais negro da minha vida que me apercebi o quão magnífica ela pode ser. Comecei a ter a necessidade de me exprimir de outra forma para além da verbal, por isso refugiei-me na escrita. Iniciei-me pelos textos pessoais, e mais tarde, após a opinião de muitas pessoas, decidi criar um blogue. E foi aqui que se iniciou o que eu chamo de ´Viagem de volta à felicidade`. As visualizações do blogue dispararam, a publicação de textos tornou-se constante e comecei a ter grupos de fãs. A divulgação sempre foi o meu ponto fraco. Recorri às redes sociais como forma de o dar a conhecer, mas mesmo assim, na minha opinião, nunca foi suficiente. Após o sucesso do blogue senti a necessidade de chegar mais longe. Os elogios ao meu talento eram motivadores e foi graças a eles que tive a força para fazer um livro. E não foi apenas juntar uns textos, uns títulos e arranjar uma capa. Foram 6 meses de sofrimento convertido em palavras, horas passadas à frente do computador, e-mails trocados com editoras e, o mais difícil, conciliar este trabalho todo com a escola e o basquetebol”.
O jovem vai estar na escola da Gafanha, às 10h, para o lançamento do livro e na aventura da escrita revela que a maior surpresa foi a manutenção do rendimento nas diversas atividades. “O mais incrível é que tanto na escola, como no basquetebol, o meu rendimento não foi minimamente afetado, até porque nessa época não me recordo de ter faltado a um treino. Na escola foi igual, acabei o ano letivo com uma média de 17,5. Como é que consegui? Lutei e nunca parei de querer de atingir o que queria. Superei todos os desafios, todas as críticas e obstáculos. Sofri, pensei em desistir de tudo, e mesmo assim, consegui erguer-me. Com apenas 16 anos já vivi tanto e ainda sonho em ser tudo, mas continuo a ser tão pouco”.
O livro atingiu as 60 vendas, o blogue as 10 mil visualizações e o jovem diz que não tenciona parar. Tem divulgado o livro na escola e nas redes sociais, criou marcadores, peças de roupa e autocolantes como forma de ganhar dinheiro para conseguir imprimir mais livros.