O Tribunal da Relação negou provimento ao recurso interposto pelo Ministério Público (MP) relativo ao arquivamento da queixa contra o ex-Presidente da Direcção do Beira-Mar, Mano Nunes, no processo das piscinas. Fonte ligada à defesa do empresário, referenciada no site 'Notíciasdeaveiro' disse estar em crer que se manterá a não pronúncia decidida pelo Juiz de instrução criminal de Aveiro e, consequentemente, afastado o julgamento. Mano Nunes era acusado de se ter apropriado indevidamente de cerca de um milhão de euros, incorrendo em crimes de peculato e burla qualificada.
Mano Nunes já reagiu na sua página do Facebook e assinou uma 'exposição pública' intitulada "Finalmente Justiça", aqui expressa na integra:
"Finalmente terminou o calvário. Desde 2009 tive que ler e ouvir coisas horríveis sobre mim. Nesses momentos tive que conter a revolta e pensar na minha família, sobretudo, na minha esposa e nos meus filhos que, mais do que ninguém, sofreram com todo este processo. Ao longo do meu percurso, sempre pautei a minha vida pelos valores que me foram incutidos. A minha passagem pelo futebol, como dirigente, foi motivada pela paixão que duma forma natural se desenvolveu pelo Beira-Mar a partir do momento que Aveiro me acolheu. Sempre quis para o Beira-Mar o mesmo que quero e desejo para os meus filhos: o melhor, sempre! É indescritível a angústia que uma pessoa sente ao ser acusada de algo que não fez. Pior, ainda, quando ao longo da minha passagem pelo Beira-Mar fiz o melhor que podia e sabia em prol do clube. Jamais faria algo para prejudicar o Beira-Mar!!! Fico feliz por sentir que o Beira-Mar se irá reerguer e que a atual direção, conhecedora de todo o processo, esteve sempre do meu lado, ao contrário de outros que, para granjearem simpatias e captar votos, nunca se coibiram de me denegrir covardemente. Os beiramarenses que não se esqueçam dessa gente que dividiu o clube para reinar e que contribuiu para a sua destruição fazendo alianças com iranianos e italianos. Espero ainda que a imprensa, sobretudo a nacional, dê o mesmo protagonismo a este desfecho como deu quando fui constituído arguido. Depois de toda a dimensão que foi dada ao caso, o mínimo que exijo é que o tratamento seja idêntico. No entanto, sei que isso não vai acontecer porque a comunicação social vive do sensacionalismo e escrever que um Juiz de Instrução, em primeira instância, e o Tribunal da Relação, em segunda, me deram razão não produz o "sangue" que faz vender jornais. Da mesma forma, gostaria que o Diretor da Polícia Judiciária de Aveiro que, em 2011, foi tão lesto a enviar comunicados para as redações dos jornais, tivesse a dignidade de me pedir publicamente desculpa por ter contribuído para o folclore que se criou, tendo conseguido ainda a proeza de ser mais rápido a dizer aos jornais que eu tinha sido constituído arguido do que eu próprio de dar conhecimento aos meus filhos. Tentarei não guardar ressentimentos deste processo, mas não esquecerei o que algumas pessoas mal formadas disseram, escreveram e fizeram. Ao invés, não me cansarei de agradecer e retribuir o carinho que tantos e tão bons amigos me dedicaram ao longo destes anos. Ao lado da verdade, da honestidade e da verticalidade de sempre, contem comigo!"