A necessidade de dar maior dimensão ao mercado a visitar, com extensão das rotas turísticas, a criação de redes de transportes para chegar a mais locais de forma mais ágil e a aposta na promoção de produtos alternativos são apostas que podem transportar o turismo para novos patamares.
Ideias que surgiram no debate desta quinta, na Universidade de Aveiro, no workshop “Há excesso de turismo em Aveiro?”
O evento, organizado no âmbito do projeto de investigação nacional SPLACH (Spatial PLAnning for CHange), em que participam as universidades de Aveiro, Porto e o ISCTE-IUL, levou operadores ao debate e a iniciativa privada foi apontada como motor dessa expansão em coordenação com o investimento público na qualificação de espaços.
Carlos Costa, especalista em turismo, defende que Aveiro não tem excesso de turismo mas sinais de “congestão” nalguns locais. Mas ao mesmo tempo defende que é urgente dar profundidade às áreas a visitar (com áudio).
Os operadores falam de dificuldades para explorar a ria. "Não há locais de ancoradouro na ria. Ando há anos a dizer à Câmara, à CIRA e à Capitania que não há locais para acostar", dizia um operador que refere que a Ria é promovida como um todo (com áudio).
Ainda assim diz que há subprodutos "individuais" sem comunicação e dimensão coletiva. "O Bioria tem o seu folheto e o seu produto. Falta comunicar com os outros".
O Bioria foi destacado como um produto de grande potencial no turismo de natureza tal como Sever do Vouga, a Bairrada ou a Vista Alegre. Os estalaleiros e a arte xávega são subprodutos com potencial pelos "intermediários".
Aveiro enfrenta o desafio de não ser visto como ponto de passagem mas de destino. "É difícil trazer asiáticos que viajam por 15 dias à Europa e fixá-los aqui".