Museu de Ovar celebra 56 anos de atividade.

2017-01-16 09:48

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A Sala dos Fundadores do Museu de Ovar acolheu a cerimónia do 56.º aniversário numa noite especial de celebração entre "amigos". 

Este ano a direção decidiu homenagear através de uma exposição, quatro mestres recentemente falecidos, Querubim Lapa, José Mouga, Luís Darocha e José Rodrigues, que confiaram ao espólio deste Museu, “através do reconhecido entusiasmo e empenho do seu fundador”, José Augusto Almeida, várias obras de arte que são a base desta mostra patente ao público.

Até 31 de janeiro é possível observar trabalhos de pintura, desenho e cerâmica que emolduram a Sala que reuniu entre as várias entidades convidadas, familiares, amigos e estudiosos das obras de alguns dos artistas homenageados.

Mestres já ausentes entre os vivos que o diretor do Museu de Ovar, Manuel Cleto, fez questão de realçar pelos "laços pessoais criados", recordando recentes exposições com a presença dos próprios artistas, como Querubim Lapa e José Mouga.

Destaque também para figuras como João Peixinho, um ovarense que deixou ao Museu de Ovar um significativo património sobre a ciência e o ciclo da Apicultura; Serafim Lopes Andrade que doou a coleção permanente de peças da Fábrica de cerâmica do Carvalhinho e Joaquim de Sousa, lembrado como um "ilustre benemérito" que nos EUA deixou donativos financeiros a algumas instituições de Ovar.

Presentes estiveram ainda familiares de Jorge Carvalho, que com José Augusto Almeida e Manuel Silva (o único sócio fundador ainda vivo), foram os três fundadores do Museu de Ovar.

José Fragateiro (presidente da Assembleia de Freguesia da União) reconheceu que o Museu "surpreende" e lembrou até o seu pai José Macedo Fragateiro, que enquanto deputado no Parlamento, teve várias intervenções sobre a valorização do Museu de Ovar, ao mesmo tempo que Nuno Sampaio Pinto (executivo da UFO) confessava estar agora a "despertar para tal dinâmica".

Já Domingos Silva que começou por reconhecer que “a vida desta associação tem falado por si”, realçou a “grande parceria da Câmara”, dando como exemplo a decisão de suportar os custos do livro “Museu de Ovar como nasceu e cresceu”, ali apresentado pelos autores dos textos, Manuel Silva e Manuel Brandão.

Neste livro com edição e propriedade do Museu de Ovar, numa primeira parte, Manuel Silva conta a história do nascimento do Museu até Abril de 1974, enquanto numa segunda parte, Manuel Brandão faz a compilação de dados por si recolhidos sobre factos de alguma relevância ocorridos até aos 50 anos do Museu.

A quarta parte procura homenagear todos quantos “quiseram partilhar mais de perto com alegrias e dificuldades vividas no Museu, dele fazendo parte nos seus órgãos sociais”.