Depois das acusações do PCP ao bloco formado por PSD e PS sobre a perda de valências do Hospital Visconde de Salreu, em Estarreja, chega a resposta da antiga presidente da concelhia socialista de Estarreja.
Marisa Macedo diz não aceitar o “atirar culpas” e recusa ficar no mesmo “saco” do PSD.
Lembra que na passagem pelo Parlamento, enquanto deputada, ao tempo do Governo presidido por José Sócrates, foi decidido construir um novo hospital em Estarreja.
“O projeto funcional foi concluído para que tal pudesse ser uma realidade, aproveitando parte das instalações do Centro de Saúde na Teixugueira e o terreno por trás do quartel dos bombeiros”.
Na altura, o Secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, chegou a anunciar o projeto (na foto) mas a Câmara liderada por José Eduardo de Matos quis mudar a localização e esse foi momento crucial para perder a oportunidade.
“Se a localização do hospital não tivesse sido alterada, a construção tinha sido iniciada. E se tivesse sido iniciada, já não podia parar apesar da crise, o que aliás aconteceu com as escolas secundárias em todo o país, que depois de iniciadas, tiveram de ser terminadas. O nosso hospital também tinha sido”.
Desde 2009 mais factos viriam a redundar em mudanças no funcionamento do sistema de saúde com a transferência da cirurgia de ambulatório para Águeda e o desmantelamento do bloco operatório.
Marisa Macedo diz que faltou espírito de luta aos executivos municipais em Estarreja com o apoio de todos os partidos incluindo o PCP.
“O PCP, por sua vez, ficou com essa bandeira para agitar. Mas nunca nos esqueceremos que, na altura certa, guardou a bandeirinha e não ficou ao lado de quem podia ter resolvido o assunto”.