O futuro do Rossio em Aveiro vai passar pela criação de uma praça ao jeito dos terreiros, com uma pequena área comercial, um terço de zona verde e uma ligação a partir das pontes e da antiga lota que poderá vir a incluir acesso a estacionamento subterrâneo.
São cerca de 7,7 milhões de euros, já com a inclusão de estacionamento, mas à espera de privados. Caso não surja esse interesse o projeto cairá drasticamente para valores que se enquadram no Plano de Regeneração Urbana.
A imagem revelada é da responsabilidade do gabinete ARX Portugal que assumiu recentemente projetos emblemáticos como o do Museu Marítimo de Ílhavo (com áudio).
Nuno Mateus explica que procurou ir à origem do espaço, com referências a 1600 e a partir daí fazer a ligação aos usos atuais honrando a tradição do espaço (com áudio)
“Hoje temos um Rossio excessivamente ocupado. Teremos áreas disponíveis, abertas e pisos em saibro. Uma zona que subtilmente se afunda para pequeno comércio e serviços, para não cortar as vistas. As entradas no estacionamento em dois sentidos serão adequadas ao estudo de tráfego. Atualmente existem cerca de 90 automóveis que deixaremos de ver. Será uma praça muito sóbria, não formal, mas de interface, vivendo intensamente as margens".
O arquiteto fez a apresentação numa sessão destinada a revelar o teor das propostas do concurso de ideias em que praticamente todas as propostas abordavam a questão do estacionamento.
Os primeiros comentários ficam marcados por críticas à abordagem, pelo piso em saibro, pela perda de espaços verdes e pela configuração ao jeito da Praça do Comércio em Lisboa mas numa cidade ventosa.
Ribau Esteves não esconde que espera estrear a obra em 2020 mas desenham-se já movimentos de oposição ao avanço do projeto. O autarca que na sessão não interagiu com o público, na sessão aberta, reservou para o final os contactos personalizados. Afirmou tratar-se de uma boa ideia base para desenvolver com contributos dos cidadãos (com áudio).
"Vamos fazer um exercício de consequência para ter uma obra de qualidade".
As ruínas da antiga igreja de São João poderão surgir com espaço próprio que procura valorizar essa história do Rossio.
Quanto à praça, o autarca fala de um espaço praça capaz de acolher eventos e que só irá receber estacionamento subterrâneo caso existam condições para tal.
Os estudos geotécnicos e a viabilidade financeira irão ter palavra decisiva. O autarca aproveitou para anunciar a criação de investimento privado nas antigas instalações Boia e Irmão com um hotel 5 estrelas.