O Partido Socialista acusou a maioria PSD/PP, liderada por Ribau Esteves, de fazer passar pelo crivo do executivo documentos já em execução apenas numa lógica formal de ratificação.
As condecorações do Feriado Municipal estiveram a votação, já depois da lista de distinguidos ser conhecida, e os protocolos de preparação da Feira de Tecnologia Tech Days surgiram já depois da apresentação do evento.
João Sousa, vereador do PS, questionou os "passos" das formalidades. “Fui eleito como vereador e não como ratificador”, afirmou o autarca, reservando voto favorável ao dossiê mas sugerindo que os documentos deveriam passar primeiro pelo executivo (com áudio).
Ribau Esteves sentiu no discurso do vereador uma posição política voltada para questões administrativas e defendeu que, em muitos casos, a ratificação é uma forma de valorizar o executivo enquanto equipa.
“Um processo de ratificação é igual a um processo de aprovação prévia. Como presidente de Câmara assumo o risco de ver chumbado um documento mas admito que Aradas inspire o senhor vereador”.
Rita Encarnação, do Movimento Juntos por Aveiro, reforçou a crítica apontando o exemplo das condecorações, anunciadas ontem e aprovadas esta quarta para entregar na quinta (12 de Maio).
“Tivemos conhecimento das condecorações, algumas de forma informal na última reunião de câmara, e hoje das restantes. Acho que as pessoas não estão em causa. Isto não está relacionado com as pessoas mas, e se não votássemos a favor, não haveria homenagem?”
O presidente da Câmara de Aveiro assume que poderia ter dado nota da lista ao Movimento mas desculpou-se com a informação prestada ao antigo "líder" do PS, na autarquia, Eduardo Feio, que deixou o executivo esta semana e foi substituído por Manuel Sousa. "Admito que não custava nada ter feito esse telefonema mas não há falta de respeito", declarou o autarca.