A Câmara de Aveiro aprovou o Plano e Orçamento para 2020 com uma subida do investimento público e a aposta na reabilitação urbana.
Orçamento de 91 milhões de euros com 17 milhões para qualificação urbana, 7 milhões para a educação e 4 milhões para o desporto.
A maioria diz que a autarquia está estabilizada e pronta para intensificar o investimento com o apoio de fundos europeus mas a oposição entende que há risco de obras sem critério.
Será o ano da execução das obras da segunda fase de qualificação e ampliação do Parque Escolar, da finalização da requalificação dos Edifícios Fernando Távora e Antiga Estação, de finalização dos Campos de Futebol de relva sintética na zona do Estádio Municipal de Aveiro para a Academia de Formação do Beira-Mar, de qualificação Urbana e viária, do Rossio e da Avenida Dr. Lourenço Peixinho e, ainda, da qualificação de Fogos e Edifícios de Habitação Social por todo o Município com destaque para o Bairro de Santiago.
No pacote fiscal mantém-se o quadro do último ano com IMI em 0,4%.
O PS continua a defender a redução da dívida total da CMA que possibilite a sua colocação no limiar legal, “o que possibilitaria a antecipação do fim da austeridade imposta pelo Programa de Ajustamento Municipal".
Critica, tal como no ano passado, a liquidez, neste momento em 59 milhões, num valor que a oposição classifica de "obsceno".
“A gestão com muito dinheiro é cega e surda, promove erros de identificação das prioridades, optando pela concretização de grandes obras esquecendo-se das de menor dimensão e que tendem a resolver os problemas mais básicos dos munícipes (passeios, espaço público, resíduos, transportes, etc.)”, refere o PS.
O tema tinha sido abordado há um ano e está, de novo na agenda a propósito da oportunidade e vantagens ou desvantagens do saldo elevado.
“Entre ter o seu dinheiro nos cofres da CMA imobilizado e improdutivo ou no seu bolso, os aveirenses certamente privilegiariam a segunda hipótese. Lamentavelmente, o Presidente da Câmara não pensa assim”.
Os Vereadores lamentaram a apresentação prévia dos documentos assumida esta semana por Ribau Esteves e acusam o autarca de evitar o debate (com áudio).
Falam em “opção por uma política de mera propaganda” e num quadro que "repete várias propostas".
A equipa socialista não foi além da critica à falta de debate e anuncia para a próxima semana uma tomada de posição em conferência de imprensa.
Dão o exemplo de concursos de Obra nas Escolas de Azurva, Barrocas, Solposto, Quintã do Loureiro, Póvoa do Paço e Esgueira, do novo Centro Escolar de Requeixo, Nª Sra. de Fátima e Nariz localizado em Nª Sra. de Fátima e das obras de qualificação dos Edifícios das Extensões de Saúde/USF de Oliveirinha e Eixo.
A maioria diz que as opções políticas estão claras e são assumidas tendo o investimento público como referência. Quanto ao PS regista a falta de participação nos contributos. (com áudio)