A recuperação da escola secundária de Ílhavo é, já, não apenas questão de conforto mas de segurança. O aviso parte da associação de pais que pede respostas mais urgentes ao Ministério da educação.
Deputados do PSD, dirigentes distritais e de Concelhia e autarcas visitaram a Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes (Ílhavo) para uma "avaliação das condições de degradação das instalações deste estabelecimento de ensino".
A associação de pais reclama uma intervenção urgente. Francisco Lau denuncia problemas podem colocar em causa a segurança (com áudio)
A direção do agrupamento afirma que a escola estava classificada como prioritária mas tem ficado para trás na lista de obras realizadas na região (com áudio).
Fernando Caçoilo, autarca de Ílhavo, lembra que manifestou disponibilidade da autarquia para assumir a gestão empreitada. Mas adianta que até hoje não foi dado sinal do Governo nesse sentido (com áudio)
O "arrastamento" do processo de recuperação "tem adiado a intervenção necessária" e a comunidade educativa dá sinais de nervosismo pelo adiamento.
Isolamentos, caixilharia, redes elétricas e de saneamento, coberturas de amianto, varandins e eficiência energética são os focos da intervenção numa escola que foi intervencionada há cerca de 30 anos.
No âmbito do processo desencadeado, em abril de 2017, junto do Ministério da Educação, pela Câmara Municipal de Ílhavo e pelo Agrupamento de Escolas de Ílhavo, a Autarquia e a Direção do Agrupamento reafirmaram disponibilidade para trabalhar em conjunto com o Governo mas o tema permanece adiado.
Os deputados eleitos pelo PSD que visitaram a escola secundária de Ílhavo pedem contas ao Ministério da Educação dos 1,5 milhões de euros anunciados para a obra desde 2017 e dos 250 mil euros prometidos para uma intervenção urgente.
Pavilhões cobertos de amianto, fissuras na estrutura, infiltrações de água ou falta e aquecimento são algumas das patologias dadas a ver aos deputados do PSD, que anunciaram medidas que coloquem a escola ilhavense na agenda do governo.
“O estado desta escola é um exemplo claro de como o governo não tem estabelecido corretamente as prioridades para o investimento. É o próprio ministério a reconhecer a necessidade imperiosa de uma intervenção, mas sem cumprir a promessa antiga de reabilitação” lamentou António Topa, coordenador dos deputados do PSD eleitos por Aveiro.
O parlamentar aveirense disse já ter visitado escolas onde o que se reclama é o conforto, mas, no caso da Secundária de Ílhavo, “o que está em causa é, para além do conforto, a segurança”, referindo-se às infiltrações que afetam a instalação elétrica, às fissuras visíveis na estrutura ou aos varandins que põem em perigo os alunos.
António Topa sublinhou “a disponibilidade da autarquia para colaborar na execução da obra”, anunciando iniciativas na Assembleia da República no sentido de não deixarem cair no esquecimento “a pertinência de intervenção nesta escola, cumprindo, aliás, o anúncio feito”.
A escola secundária da sede do concelho está referenciada pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares como prioritária.