Os Vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal de Ílhavo, Eduardo Conde, Sérgio Lopes e Alfredo Sousa, temem pelo atraso na obra da rotunda da Barra e dizem que o Verão pode estar em causa.
Numa análise documental do processo de empreitada de alteração viária da rotunda da Barra, os vereadores consideram que, face ao andamento dos trabalhos visíveis no terreno bem como do faseamento dos pagamentos executados, “tudo indicia um atraso substancial na execução daquela empreitada por parte da empresa PaviAzeméis, com final previsto para o mês de Junho”.
O Partido Socialista considera que a “derrapagem temporal” deve ser “rapidamente invertida”, de modo a evitar prejuízos para o normal decurso da época balnear nas praias da Barra e Costa Nova, dois dos ícones do Município.
A propósito do auto de vistoria e medição de trabalhos datado de 28 de fevereiro do presente ano, foi incluído no documento uma peça que indica o planeamento financeiro da obra que permite saber que no mês de fevereiro deveriam estar executados trabalhos correspondentes a 973 mil euros de um total de 1 milhão e 730 mil euros.
“Sucede que o documento contabiliza trabalhos correspondentes a 300 mil euros, menos 630 mil euros que a previsão”, referem os vereadores do PS.
A 4 meses do final do prazo previsto, decorrido mais de metade do tempo previsto de execução, o PS diz que o controlo financeiro permite perceber que foi executada uma residual parte dos trabalhos, correspondente a menos de 20% do custo financeiro, numa altura em que já deviam estar realizados 56%.
“Ainda que a obra em causa tenha merecido reservas da parte do PS, designadamente quanto à inexistência de participação pública na decisão de comprometer definitivamente esta área de excecional qualidade paisagística, os Vereadores entendem que, agora que a empreitada está em curso, é importante para o interesse público que se conclua sem peripécias”.
“O PS vem assim sublinhar a responsabilidade do Presidente da Câmara em garantir a conclusão tempestiva daquela empreitada, de modo a que não se confirme a derrapagem temporal que prejudicaria enormemente o normal decurso da época balnear nas praias do concelho, com gravíssimos prejuízos para as nossas populações, para a economia local dependente do turismo e custos reputacionais que se prolongariam no tempo para além de 2018”.