O acordo entre Aveiro e Ílhavo é importante para a gestão futura de projetos conjuntos e mereceu a ratificação do executivo municipal de Ílhavo, com abstenção socialista, por considerar que já deveria ter sido debatido no seio dos municípios e já deveria estar em vigor há, pelo menos, cinco anos.
Leitura assumida pelos vereadores do Partido Socialista que entendem a forma encontrada pelos dois autarcas para fazer a formalização como passo para desvalorizar esta iniciativa.
Sérgio Lopes e Eduardo Conde acusam Fernando Caçoilo e Ribau Esteves de cuidarem de produzir um momento para a fotografia desvalorizando o que deveria ser um gesto com peso político e relevância na resolução de problemas do dia-a-dia dos cidadãos.
Na hora da ratificação quiseram deixar vincado o seu desagrado pelo surgimento do documento em fase de ratificação e não em fase de debate prévio (com áudio)
Fernando Caçoilo responde que nada fica por fazer a bem dos cidadãos, com ou sem protocolo, e que se tratou de formalizar uma cooperação que será importante nos próximos anos. O autarca de Ílhavo acusa o PS de querer politizar o tema (com áudio)
Debate vivo que surge depois da assinatura na antevéspera da Maratona Europa. Eduardo Conde diz que a prova de atletismo é importante mas lembra que Aveiro ignorou a presença de Ílhavo durante alguns meses até ao dia em que se lembrou se chamar o presidente da Câmara de Ílhavo para uma apresentação do evento.
“Este tipo de protocolo é importantíssimo mas aparecer caído do céu a reboque de uma prova que tem todo o mérito mas em que aparecemos caídos de paraquedas e não como parceiro importante....a nossa parceria só foi importante porque a prova precisava de passar cá. Mas foi definido que passava cá muito antes de nós termos opinado. Não é um assunto de gestão corrente. É um assunto estratégico. Devia ter vindo à Câmara”.
Fernando Caçoilo desvaloriza as críticas do PS e afirma que o protocolo é importante mesmo que fosse reduzido a um sinal político. O autarca recorre ao exemplo do projeto do Parque da Ciência para explicar que mesmo sem protocolo o trabalho conjunto tem sido possível (com áudio)