O primeira candidato do PS à Assembleia Municipal de Aveiro saúda a entrada de Luís Souto Miranda na corrida eleitoral e desafia o cabeça de lista da coligação “Aliança com Aveiro” a dizer se se compromete com alterações regimentais que garantam "maior equidade" nos tempos de intervenção das bancadas.
Filipe Neto Brandão reconhece “estima pessoal” por Luís Souto e saúda a “disponibilidade cívica” mas deixou um repto.
“A pergunta que não pode deixar de ser feita também ao candidato do PSD/CDS é a de saber se concorda com este modo de funcionamento da AM de Aveiro, e se o fito da sua candidatura é tão somente entrar na compita dos aplausos ao presidente da câmara, ou se, ao invés, se compromete a alterar o modo de funcionamento da AM?” questiona o cabeça de lista do PS.
Neto Brandão lembra que “os aveirenses têm direito a saber ao que vêm os candidatos” e não poupa nas palavras para dizer que a Assembleia Municipal de Aveiro “não tem manifestamente estado à altura dos pergaminhos democráticos de Aveiro, desde que Ribau Esteves chegou à presidência da Câmara Municipal”.
“Na verdade, as alterações introduzidas ao regimento (as normas de funcionamento da assembleia) promovidas por Ribau Esteves e seus apoiantes, desde o início do actual mandato, conduziram a um resultado que só formalmente se pode dizer que é democrático: basta atentar que a distribuição de tempos para intervenções passou a ser feita de tal modo que Ribau Esteves dispõe de mais de uma hora (61 minutos, para ser exacto) para expor os seus argumentos num determinado ponto da agenda, enquanto que há grupos parlamentares que dispõem, cada um deles (PCP e BE), apenas de 5 minutos para o contraditar”.
O cabeça de lista do PS reafirma o compromisso de “restabelecer regras que permitam que aí se volte a realizar um debate equitativo” caso vença as eleições.
Quanto a Luís Souto ainda não responde diretamente ao repto aproveitando o momento para saudar os candidatos e garantir um debate de ideias capaz de promover o serviço à causa pública.
“Neste momento quero saudar todos os aveirenses que aceitaram como eu integrar as listas dos vários partidos e enfrentar os riscos de vir para a rua trabalhar pela comunidade. Quero cumprimentar também publicamente em particular os meus colegas cabeças de lista à Assembleia Municipal de Aveiro. Estou certo que teremos um debate de ideias com elevação e sentido de serviço à causa pública. Vivemos em Democracia e isso implica haver alternativas e implica aceitar a vontade da maioria, respeitando as minorias mas, no final o que importa mesmo é que todos estamos unidos por um sentimento - o nosso profundo amor a Aveiro”.