As vereadoras do Partido Socialista de Estarreja, Catarina Rodrigues e Madalena Balça, votaram contra o orçamento e Grandes Opções do Plano para 2018. “Não nos revemos na estratégia e no caminho escolhido pela coligação PSD-CDS/PP para Estarreja”.
Da análise que fizeram dos documentos apresentados, as vereadoras da oposição começaram por sublinhar que o orçamento municipal espelha o que o Partido Socialista tem vindo a defender ao longo dos últimos anos, no que diz respeito ao IRS. elogiando a descida da participação. “Saudamos por isso a redução para 3,0% do valor cobrado pelo município neste âmbito, aliviando as famílias residentes em Estarreja.”
Criticam o aumento de 4,75% de despesas correntes, “essencialmente devido à rubrica de despesas com pessoal e aquisição de bens e serviços" que, acrescentam as representantes do Partido Socialista, representam 56,9% do orçamento para 2018.
Na declaração de voto assinada pelas eleitas pelo PS são ainda destacadas algumas das opções que consideram mais incompreensíveis e que muito determinaram o seu sentido de voto. Questionam o investimento em Estudos e Consultadoria, o estado da Ribeira do Mourão e da Ribeira da Aldeia e lamentam a dimensão do investimento em políticas sociais.
A inclusão Social e Cidadania Ativaregista investimento de 199 900,00€, o que representa cerca de 1,1% do orçamento. O que leva as vereadores a uma crítica pela comparação de valores. "Festas de Sto António – 125 500,00€; Garcicup – 150 500,00€; Carnaval 322 150,00€… porque nem nos atrevemos a comparar com o montante total para a rubrica Serviços Culturais Recreativos e Religiosos que ultrapassa os 2 M€.”
Catarina Rodrigues e Madalena Balça sublinham que a Carta Educativa, principal instrumento de Planeamento e Ordenamento da Rede Educativa, continua sem ser apresentada publicamente (começou a ser “trabalhada” em 2015) e volta a surgir em orçamento com a dotação de 10 000,00€, referente a Estudos e Consultadoria.
Aplaudem a aposta prioritária do investimento na reabilitação do centro escolar de Avanca e o apetrechamento dos meios tecnológicos das escolas do 1º ciclo e lamentam que as propostas feitas em devido tempo pelo Partido Socialista, para esta área, "tenham sido globalmente desconsideradas".
Criticando a falta de informação devidamente fundamentada, “apenas sabemos o que vem na comunicação social e nas redes sociais”, as vereadoras do PS perguntaram ao executivo municipal “a razão pela qual vai gastar um terço do valor que gasta em Educação (979 230,00€) num evento de três dias (Carnaval).
“É bom que se justifique muito bem porque razão se prevê gastar cerca de 199 900,00€ na área da Segurança e Ação Sociais e para o Carnaval se assume gastar 322 150,00€.”
E questionam o montante investido no Cine Clube de Avanca. “Sabe-nos a pouco, a muito pouco, voltar aos 25 000,00€ de apoio a um Festival de Cinema que coloca Avanca/Estarreja no mundo, sobretudo quando comparado com outras propostas de despesa, como por exemplo o Natalim onde se prevê gastar cerca de 43 000,00€.”