A Ciclaveiro quer “vias dedicadas” para bicicleta na Avenida Dr. Lourenço Peixinho em Aveiro. Explica que a criação de vias que juntem transporte público e bicicletas não é solução.
Considera fundamental que a intervenção na Avenida, no âmbito do PEDUCA, assuma uma mudança que vai marcar a próxima geração. “Não o fazer numa intervenção que marcará a avenida central de Aveiro provavelmente para as próximas décadas, para além de acarretar graves inconvenientes para a mobilidade na principal artéria da cidade, transmitiria uma imagem de menosprezo pela mobilidade urbana em bicicleta que não se coaduna com o papel de Aveiro como cidade pioneira na promoção da utilização deste modo de transporte activo e sustentável”.
A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta refere que a solução inicial proposta, de vias reservadas a veículos de transporte público partilhadas com velocípedes (corredores bus & bici), levantaria uma série de “inconvenientes” principalmente em termos de “conforto e segurança para os utilizadores de bicicleta”.
Justifica essa tomada de posição com a “pressão, desconforto e sensação de insegurança” de circular na mesma via que veículos pesados” que, segundo a Ciclaveiro “não se coaduna com a sua utilização por crianças, pessoas menos afoitas ou menos habituadas a andar de bicicleta ou aqueles que recentemente começaram a, ou consideram, usar este modo de transporte”.
Argumenta, ainda, que a bibliografia especializada sobre estas matérias recomenda a colocação de vias para bicicletas à direita do espaço de estacionamento automóvel.
Além de defender a criação de vias unidireccionais para bicicletas de cada lado da avenida, a Ciclaveiro considera também importante que o desenho do espaço rodoviário limite a velocidade dos veículos motorizados a 20 ou 30 km/h, no sentido de assegurar condições de segurança para todos os utentes da via e de humanizar esta artéria central da cidade.
No documento enviado à autarquia, o Ciclaveiro manifestou ainda o seu “contentamento” com a generalidade da intervenção planeada para a Rua da Pêga, considerando, no entanto, que o cruzamento junto ao antigo pavilhão do Beira-Mar “requer uma reflexão mais atenta no sentido de que seja dotado de condições mais confortáveis e seguras para o seu atravessamento por parte de peões e ciclistas, em especial nos percursos entre a Rua da Pêga (e a Universidade) e o centro da cidade”.