O Bloco de Esquerda propõe a "requalificação urgente" da Linha do Vouga considerando que “apenas a indignação e contestação popular evitou que o atual Governo avançasse para o seu desmantelamento”. Pedro Filipe Soares defende que a linha está em “estado de abandono” e que a via que chegou a ligar Espinho a Aveiro “está hoje partida em três troços, dois deles a funcionar e um deles já abandonado”.
A lentidão, as característica de uma via estreita, o traçado sinuoso, as inúmeras passagens de nível e a falta de manutenção são alguns problemas identificados para além de alguns deslizamentos de terras. “A solução encontrada foi baixar a velocidade de circulação para 10km/h em alguns desses troços, em vez de proceder a uma rápida intervenção na Linha”.
A procura continua a justificar a linha e a sua utilidade e o BE apresentou uma iniciativa legislativa na Assembleia da República, a ser discutida esta semana, onde propõe “alterar o troço da linha do Vouga de via estreita para via larga”; “proceder à correção do percurso, eliminando curvas de raio estreito”; “proceder à eletrificação de toda a via”; “permitir uma ligação à linha do Norte, estendendo a Linha até à Estação Ferroviária de Espinho” e garantir a integridade da Linha, mantendo o troço Espinho-Aveiro.
Pedro Filipe Soares diz que os 3 milhões de euros de investimento anunciados para a linha não chegam para a modernização mas tão só para resolver alguns problemas de automatização. “Pelo contrário, a proposta do Bloco de Esquerda ataca os problemas estruturais da Linha e, por isso, pode garantir a sua revitalização e o seu futuro, garantindo que o transporte ferroviário de passageiros possa ser uma solução para a população do distrito de Aveiro”.