Amadeu Albergaria afirmou na Comissão de Educação e Ciência que o “preconceito ideológico” do governo é responsável pela reversão de políticas nesta área cujos números se apresentavam favoráveis. Numa audição ao ministro da tutela, parlamentar social democrata convidou o governante a questionar as medidas que vem assumindo.
O deputado eleito por Aveiro referiu-se aos dados já conhecidos da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência relativos ao ano letivo 2014/2015. Para o deputado, os números “são muito claros”, considerando que “verificou-se uma redução acentuada das taxas de retenção de todos os ciclos e em todos os anos no sistema educativo português”, ao ponto de ter-se registado “a mais baixa taxa de retenção de sempre no 12.º ano”.
“Entre 2011/12 e 2015 a retenção desceu 6 pontos percentuais no 9º ano, 4 no 6º ano e para metade no 4º ano, valores que foram acompanhados com descidas nas taxas de retenção em todos os anos de escolaridade do ensino básico no continente. No 3.º ciclo, registamos no 9.º ano a mais baixa taxa de retenção desde 1995, nos 7º e 8º anos as segundas mais baixas desde que há registo” sublinha o deputado do PSD.
Na leitura de Amadeu Albergaria, “as políticas que foram arrasadas, revertidas, desconstruídas foram aquelas que diminuíram a taxa de abandono precoce de educação e formação; melhoraram as taxas de escolarização no ensino secundário; melhoraram as taxas de conclusão do ensino secundário e permitiram que se registasse a mais baixa taxa de retenção no 12.º ano de sempre; diminuíram sustentada e muito acentuadamente a taxa de retenção e abandono em todos os ciclos; garantiram que em 2015 se verificasse uma recuperação da evolução do número de candidatos ao ensino superior público; permitiram que o número de alunos que abandona o ensino superior no final do primeiro ano do curso tenha caído pelo terceiro ano consecutivo; melhoraram o perfil de qualificação da nossa população residente”.