O presidente da Associação Empresarial de Águeda afirma que o Governo PS e a maioria parlamentar de esquerda não estão a atacar o verdadeiro problema com a subida do salário mínimo e correm o risco de empurrar as empresas para nova crise por considerar que o que fará a diferença é a redução dos custos de contexto, nomeadamente ao nível da energia.
Não houve acordo entre parceiros sociais e o Governo fixa o montante em 580 euros para 2018, contra os 557 euros atuais. Os sindicatos defendem a chegada aos 600 euros.
Ricardo Abrantes explica que a subida do salário mínimo é uma questão de dignidade e reconhece que o rendimento deve valorizar o trabalho mas encontra na sustentabilidade das empresas a prioridade que gostaria de ver assumida pelo Governo.
Lembra que Portugal é um país periférico que paga mais pela energia, pelo gás e pelos combustíveis. "Temos um país que não pode ser construído em cima de baixos salários. Temos a energia mais cara, a gasolina mais cara, um pacote de energia que torna a nossa energia caríssima. Estamos na periferia da Europa e sob pena disto colapsar rapidamente temos que começar pelo lado certo. As empresas destes setores não podem ter lucros abismais. Temos que pegar no país pela competitivdade".
O dirigente empresarial assume que há um dever de valorizar salários mas que essa é apenas uma das componentes do problema (com áudio).