A Ministra da Cultura acredita que Aveiro abriu uma janela para a centralidade cultural que não se encerra com a passagem de testemunho a Braga como Capital em 2025.
Dalila Rodrigues esteve em Aveiro no encerramento de Aveiro 2024 e deixou elogios à forma como Aveiro programou a sua Capital para perdurar no tempo.
Deixou claro que esse é um testemunho que perdura no tempo e que afirma os elementos identitários (com áudio).
“Aveiro 2024 começou mas não terminará, mesmo que Braga e Ponta Delgada assumam e honrem os testemunhos, como estou certa. Foi a pensar na longa duração, no início sem fim que Aveiro concebeu e assumiu esta capitalidade, é o primeiro aspeto que gostaria de realçar”.
A Ministra da Cultura anunciou para 2025 um périplo nacional pelo país para dar a conhecer as políticas para o setor.
Sobre a experiência das capitais nacionais, afirma que abrem novos horizontes e transformam o país num palco que vai muito além do eixo Porto-Lisboa (com áudio)
Aveiro recebeu mais de 700 eventos no ano em que foi a primeira Capital Portuguesa da Cultura.
A cidade foi o epicentro da Cultura em 2024, o que resultou em números históricos em termos turísticos.
O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, garante que a aposta no setor cultural vai continuar a crescer.
“Foi um ano inesquecível, porque valorizou o setor cultural de Aveiro e de Portugal e também porque resultou em números recordes no que toca ao Turismo na Cidade. Um investimento que vai continuar a crescer. Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024 enquadrou-se numa aposta estratégica da CMA, que teve início em 2019 e que vai ter seguimento nos próximos anos".
O autarca aproveitou o evento para vincar agradecimentos.
"Deixo um agradecimento a todos os envolvidos neste processo: os Cidadãos da sociedade civil, os funcionários da Câmara, as Associações, os Agentes Culturais, as Empresas, as Indústrias Criativas, a CIRA, o Governo, entre muitas outras entidades e personalidades. Aveiro fica na história como a primeira Capital Portuguesa da Cultura e, seguramente, vai continuar a fazer história nesta área e em muitas outras”.
O evento final contou com um recital de música clássica, protagonizado pela pianista Marta Menezes, e uma parada artística apresentada ao longo das ruas de Aveiro.
Ao longo de 12 meses, Aveiro foi o ponto de encontro da Cultura, tendo apresentado um programa inovador e diversificado.
Concertos, peças de teatro, sessões de cinema, exposições e conferências, protagonizados por artistas nacionais e internacionais, foram algumas das iniciativas da Capital Portuguesa da Cultura.
Estes eventos foram enquadrados nos quatro trimestres da programação, cada um com uma temática que espelhava a interligação da Cultura com os desafios do mundo de hoje: Identidade (de janeiro a março), Democracia (de abril a junho), Sustentabilidade (de julho a setembro) e Tecnologia (de outubro a dezembro).
Ribau Esteves revela que em 2025 serão apresentados dados concretos sobre a “epopeia” da Capital da Cultura (com áudio)
José Pina, programador que liderou a organização, deixou elogios ao trajeto e diz que ficou uma marca de felicidade.
“Aveiro 2024 simboliza o sonho, a imaginação, o desejo em abraçar o novo e assumir o risco. Tem a marca da consistência nas opções programáticas e da estratégia cultural, da nossa capacidade de bem planear e concretizar, sempre com empenho, humildade e amor ao trabalho. Um projeto onde a inclusão, a diversidade, a participação e a tolerância estiveram bem presentes, porque todos foram bem-vindos. Aveiro 2024 simboliza, em suma, uma região ímpar em Portugal. Fomos felizes. Criamos pontes para futuro”, considera José Pina, coordenador de Aveiro 2024.