Silêncio em Estarreja e tranquilidade em Albergaria quanto às acusações do processo Ajuste Secreto.

2019-11-21 07:55

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Silêncio em Estarreja e tranquilidade em Albergaria quanto às acusações do processo Ajuste Secreto.

O presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, um dos arguidos da operação que investigou alegadas ilegalidades cometidas em concursos públicos e nos ajustes diretos de obras municipais, afirma-se tranquilo.

Em declarações à agência Lusa, o autarca disse ter sido notificado da acusação aguardando "tranquilamente" a tramitação do processo jurídico nas instâncias devidas.

"Com a consciência limpa, acredito que a justiça será feita. Na sede própria será dada justificação a toda a atuação, não prestando mais declarações até ao respetivo desfecho judicial".

Além de António Loureiro, também um colaborador da Câmara de Albergaria foi constituído arguido, no âmbito do mesmo processo.

Em Estarreja, o principal partido da oposição já pediu esclarecimento público da autarquia sobre o surgimento do nome num processo em que estará acusado de favorecimento.

O vice-presidente da Câmara de Estarreja, Adolfo Vidal, o ex-presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Isidro Figueiredo, e o antigo autarca Hermínio Loureiro, são alguns dos nomes conhecidos na acusação que envolve 68 arguidos.

Há um total de 10 autarcas e ex-autarcas, quatro clubes desportivos e os seus respetivos presidentes, 20 empresários e 12 sociedades comerciais.

A investigação, agora sob a forma de acusação, passa por crimes de corrupção, peculato, abuso de poderes, tráfico de influências, falsificação de documentos, violação de segredo, participação económica em negócio e prevaricação.

Foram detetados indícios do favorecimento de um empresário pelas Câmaras de Estarreja, Matosinhos e Gondomar, nos procedimentos de contratação pública de 2016 e 2017.

No caso de Albergaria-a-Velha, em causa ma obra particular, em benefício de um munícipe, com os custos diluídos em empreitada de obras públicas cujo procedimento corria paralelamente.

 

Fonte: Lusa