Porto de Aveiro admite iniciar construção de barreira eólica até final do ano.

2015-09-19 21:35

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A Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré espera que o processo de licenciamento do armazenamento de petcoke no Porto de Aveiro venha a dar impulso à concretização de medidas mitigadoras que têm sido reclamadas. De duas reuniões mantidas este mês, com responsáveis da Cimpor e da Administração do Porto de Aveiro, ficam indicadores sobre a concretização de algumas medidas. Terão existido garantias sobre a construção da Barreira Eólica contra ventos dominantes nos próximos meses. Braga da Cruz admite que as obras estejam no terreno até ao final do ano.

A Estação de Monitorização da Qualidade do Ar será uma realidade, logo que definido o tipo de aparelhagem e os locais para a sua instalação. Quanto à bacia de contenção de lixiviados e a respetiva estação de tratamento serão executados pela Cimpor, logo após o deferimento do licenciamento. Esse processo de licenciamento já está em marcha a pensar na legalização do parque de armazenamento de coque de petróleo.

Outra das medidas sugeridas é a criação de uma barreira arbórea que estará dependente duma intervenção que está a ser realizada na Vala do Esteiro de Oudinot pela Câmara Municipal de Ílhavo. A associação liderada por Humberto Rocha lembra que os valores de partículas PM10 apurados no estudo desenvolvido pelo Instituto de Ambiente não põem a salvo a população.

“E temos de acrescentar que estes valores foram monitorizados em 73 dias do total das 3 campanhas (pois, só na 1.ª se perderam 16 dias de recolha!...) Os 73 dias equivalem a 1/5 do ano. Isto corresponde a dizer que, no ponto 1, os valores limite para protecção da saúde humana, foram ultrapassados 105 vezes. Como se pode verificar na transcrição supra-mencionada esse valor só pode ser ultrapassado 35 vezes em cada ano civil!...”

A reunião com a administração da APA serviu para lembrar que as poeiras continuam a chegar às habitações fruto das diferentes cargas movimentadas no Porto de Aveiro tendo sido sugerido o apuramento de cuidados na movimentação de cargas. “O Presidente do Conselho de Administração, Eng. Braga da Cruz, teve connosco um diálogo construtivo, deixando a promessa de se empenhar na resolução dos assuntos que estão directamente na alçada da APA e de interferir junto das Entidades responsáveis pelos outros problemas”.

A dragagem de canais de navegação, o estacionamento de veículos pesados no terminal bacalhoeiro, o derrame de produtos nas estradas de acesso ao porto e a recuperação de casario no Forte da Barra voltaram a ser colocados na agenda da administração portuária.