Médicos de Saúde Pública dizem que 40% das mulheres no Baixo Vouga não cumpriram rastreio ao cancro do colo do útero.

2021-08-10 10:59

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Os médicos de saúde pública querem relançar as campanhas de prevenção do cancro do colo do útero e no Baixo Vouga os esforços estão colocados no reforço do rastreio para chegar a um número mais alargado no universo de mulheres elegíveis.

Desde 2009 no ACES do Baixo Vouga há teste molecular de pesquisa do HPV, sendo o mais sensível dedicado ao rastreio, mas nem todas as mulheres estão a cumprir esse passo em defesa da saúde.

A colheita é semelhante ao anterior (simples, rápido e indolor) mas a cobertura é, nesta altura, inferior a 60%.

Há 40% de mulheres elegíveis para rastreio que não cumpriram ainda esse passo na região de Aveiro.

Já no caso das vacinações a cobertura é mais favorável com um universo que ronda os 90%.

A pandemia acabou por adiar algumas das ações previstas e este é considero momento para relançar atividades.

O rastreio do cancro do colo do útero é aconselhado de 5 em 5 anos para mulheres entre 25 e 60 anos de idade.

Portugal registou em 2020 um total de 865 novos casos de cancro no colo do útero e 379 mortes.

Joana Matos, médica Interna de Saúde Pública, fala de um quadro que representa, em média, uma vítima diária (com áudio).

O Vírus do Papiloma Humana está identificado e a vacinação é “arma” poderosa.

Além do sexo feminino, também os jovens aos 10 anos podem ser vacinados atendendo a outros cancros como o cancro do pénis e do anús.

“É uma vacina contra 9 tipos de HPV”, adianta Joana Matos.

O apelo à vacinação aos 10 anos faz parte das mensagens da campanha agora relançada (com áaudio).

“Gostava de deixar apelo a mulheres e homens. Não deixem o rastreio para depois. Nas unidades há flexibilidade para encontrar horários convenientes. Os homens têm o papel de passar a mensagem às mulheres da sua vida”.