Festival do Bacalhau renova oferta e entra na era digital.

2019-07-30 08:07

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O Festival do Bacalhau eleva o investimento e surge renovado com novas propostas e novas ferramentas colocadas ao serviço dos cidadãos.

Este evento, entre 7 e 11 de agosto, no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, aposta na promoção da cultura ilhavense e na tradição pesqueira.

É já considerado um dos maiores festivais gastronómicos do país, com as atenções centradas no “rei” e “fiel amigo” bacalhau, que durante cinco dias é celebrado com a dedicação e saber culinário de 14 associações locais (dez restaurantes, duas padarias de Vale de Ílhavo e dois bares).

A Câmara Municipal de Ílhavo e a Confraria Gastronómica do Bacalhau levam ao Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, aquela que é a 12ª edição do Festival do Bacalhau.

Em 2019, o Festival do Bacalhau acolhe Itália como país convidado, através da Comuna de Imperia, município do norte da Itália, cidade costeira do Mediterrâneo que tem o bacalhau entre as suas tradições gastronómicas.

Este ano com investimento de 300 mil euros e algumas novidades.

A aposta na instalação de redes wifi tem no jardim Oudinot um dos seus pontos principais.

Mas o autarca de Ílhavo, Fernando Caçoilo, anuncia o alargamento da rede, em simultâneo, a vários pontos do concelho (com áudio)

De manhã à noite há showcookings, degustações, concursos, oficinas, mostra de artesanato, circo e teatro de rua, atividades desportivas (mini maratona do Museu na noite do dia 10 tendo Carla Martinho como madrinha), concertos ou as habituais Corrida Mais Louca da Ria e Volta ao Cais em Pasteleira.

O cartaz de concertos no palco principal, palco mar, conta com Expensive Soul (7 de agosto), GNR (8 de agosto), Raquel Tavares (9 de agosto), Dino de D’Santiago com a Orquestra Filarmónica Gafanhense (10 de agosto) e Paião (11 de agosto).

O orçamento sobe para 300 mil euros com mais 50 mil de investimento em função do cartaz e dos custos da organização (com áudio).

O recinto do evento conta, este ano, com cerca de 600 novos lugares de estacionamento, localizados entre o Ecomare e o Jardim Oudinot e será instalado um terminal multibanco.

Classificado como “EcoEvento”, o Festival mantém a certificação “Sê-lo Verde”, criada pelo Ministério do Ambiente para o apoio às práticas sustentáveis dos festivais nacionais e oferece recolha seletiva de resíduos em todo o recinto tendo proibido o uso de descartáveis de plástico.

O circo de rua anima o espaço público com o espetáculo “On Air”, de Andrea Fidelio. De 7 a 9 de agosto veste a pele de “DJ B”, dando origem a improvisações únicas, beatboxes e malabarismo.

Nos mesmos dias, Cláudio Mutazzi, “abre as portas” do “Street Coffee”, um espetáculo interativo em constante improvisação com a audiência, onde tudo pode acontecer e a qualquer momento.

Nos dias 10 e 11 de agosto, é a vez de Lorenzo Gianmario Galli, que consegue fazer a festa sozinho. Poom Cha é uma performance one man band interativa e irreverente, que cria situações e jogos com a audiência num percurso peculiar.

Il Cataldo traz duas performances ao festival. No dia 10 de agosto, Teanga combina circo, teatro e comédia, num espetáculo autobiográfico, que aborda temas como identidade, expressão cultural e o que significa ser “imigrante legal” na Europa contemporânea.

A 11 de agosto, o artista vira Jacques Couteau, um excêntrico chef francês, que acabou de abrir um restaurante exclusivo, “Haute Cuisine”.

Haverá a presença de homem estátua e o Navio-Museu Santo André vira palco para teatro e música.

A performance “Há Marias Assim”, encenada por Graeme Pulleyn e escrita por Sandro William Junqueira tem apresentação às 18h30.

Quatro mulheres, três terras, uma só voz. Maria Chuvas, Maria Farto, Maria Sopas e Maria Rendeiro guiam uma tempestuosa viagem pelo mar do feminino, com naufrágios e ciclones, tragédias, comédias e dramas e acima de tudo uma terrível luta pela sobrevivência e pela dignidade.

“Há Marias Assim”, interpretado por quatro atrizes recrutadas da comunidade (Anabela Coelho, Júlia Cavaz, Luciana Sanhudo e Rita Vizinho), surge a partir da recolha de testemunhos de mulheres do mar de Ílhavo, Murtosa e Peniche.

Os concertos no porão ficam a cargo de Aníbal, membro dos Palankalama e dos Les Saint Armand; do cantautor açoriano Cristóvam, que, com um espectro de influências que vão de Bob Dylan a Ryan Adams e a dupla Txiribiti, formada por Patrick Fernandes (voz e guitarra) e Aníbal Silva (acordeão e trombone), ambos membros dos Progeto Aparte.

No dia de abertura do Festival do Bacalhau, 7 de agosto, às 19h00, a Câmara de Ílhavo e a Rota da Bairrada lançam, no Pavilhão Terra e Mar, no Jardim Oudinot, o Azeite Bairrada Virgem Extra “Faina Maior”.

João Madalena, grão-mestre da confraria do bacalhau, entidade parceira na organização, realça a aposta na qualidade, a resposta das equipas das associações e elogia a oferta cultural em torno da gastronomia (com áudio)