Covid-19: UA desenvolve kit para colheita de saliva que dispensa zaragatoa.

2021-02-01 11:45

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Investigadores do laboratório de Medicina do Genoma do Instituto de Biomedicina (iBiMED) da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveram um kit de saliva e um teste de saliva ultrassensível e altamente reprodutível para a Covid-19.

O trabalho resultou de uma parceria entre a UA, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV-Santa Maria da Feira), o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV-Aveiro), o Centro Médico da Praça de São João da Madeira e a empresa nacional de engenharia de plásticos Muroplás, especializada no setor médico-hospitalar e com sede na Trofa.

O novo teste elimina o desconforto e a pesada logística da colheita de amostras com zaragatoa.

Utiliza a tecnologia de RT-PCR existente nos laboratórios nacionais, simplifica a automação dos processos laboratoriais, baixa o custo e facilita a testagem comunitária (lares, escolas, empresas, etc.).

A saliva é o principal veículo de transmissão do SARS-COV-2 e por isso o uso de máscaras para impedir a transmissão através de gotículas de saliva.

Com este kite é mais fácil assegurar a colheita que pode ser feita no domicílio ou no local de trabalho sem recurso a profissionais de saúde.

Artur Silva, Vice-reitor da Investigação, Inovação e 3º Ciclo, em declarações à RTP, afirma que aguarda a validação da operação pelo INSA e que esta operação permite ainda reforçar os níveis de segurança (com áudio)

O coordenador do Laboratório de Medicina do Genoma e diretor do iBiMED da UA, Manuel Santos, que coordenou este projeto de investigação colaborativa, considera que este novo teste representa um avanço significativo no controlo da Covid-19 por permitir a realização de testes na comunidade, de modo simples, a baixo custo, e fácil automação do processo laboratorial, possibilitando assim escalar o número de rastreios diários.

Segundo Manuel Santos, o Kit de saliva desenvolvido pela empresa Muroplás também é útil para a recolha de amostras para a vigilância genética das variantes do coronavírus SARS-CoV-2, que o laboratório de Aveiro também avalia através de um projeto de investigação da Covid-19 financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).