Centro Hospitalar do Baixo Vouga colocou o primeiro Cardioversor Desfibrilhador Implantável.

2019-10-14 15:15

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O Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga colocou o primeiro Cardioversor Desfibrilhador Implantável.

Com o início deste procedimento passa a ser possível, no CHBV, dar resposta a um grupo crescente de doentes com risco de disritmia cardíaca ameaçadora de vida, quer seja em prevenção primária (antes da arritmia, mas com elevado risco pela doença cardíaca já existente), quer seja em prevenção secundária (doentes reanimados de morte súbita).

A morte súbita de origem cardíaca é uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos, sendo que 40% de todas as mortes são súbitas.

O Cardioversor Desfibrilhador Implantável (CDI) foi concebido, justamente, para detetar e terminar com episódios de arritmias potencialmente fatais.

A implantação do CDI é feita sob anestesia local e consiste na colocação, dentro do coração, de um ou mais electrocatéteres (fios com cerca de 2 mm de diâmetro e revestidos, habitualmente, por silicone), através duma veia, ficando conectados a um gerador implantado por baixo da pele, criando assim um sistema com capacidade de detetar e tratar este tipo de arritmias.

É considerado um "procedimento simples", semelhante à implantação de um pacemaker, do qual apenas se diferencia por ser um pouco maior e ter maior abrangência terapêutica.

Mais de 20 anos depois da colocação, no então Hospital Infante D. Pedro, do primeiro pacemaker definitivo, o Serviço de Cardiologia dispõe agora desta nova arma terapêutica, que se prevê que evolua para que seja possível implantar, a curto prazo, todo o tipo de cardiodesfibrilhadores implantáveis.

A primeira implantação de um CDI no CHBV contou com a presença de toda a equipa clínica de Pacing, à qual se juntou um médico cardiologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

"Este é mais um marco na diferenciação do serviço de cardiologia e do CHBV, permitindo aos doentes da nossa região uma mais pronta resposta, quer a nível da implantação dos aparelhos, quer através das consultas de seguimento dedicadas. Esta internalização de cuidados trará ganhos evidentes aos nossos concidadãos, evitando deslocações desnecessárias a outras instituições de saúde".