Ribau Esteves diz que reduzir portagens "1% é ridículo, 10% é inútil e 50% é interessante"

2016-06-17 17:52

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O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Ribau Esteves, disse hoje que uma redução das portagens nas ex-Scut de 1% “é ridícula, de 10% é inútil e de 50% é interessante”. “Aguardamos para perceber o que é que a frase que o primeiro-ministro proferiu no calor do debate parlamentar quer dizer: qual é a redução? A palavra sozinha não diz nada porque se a redução for de 1% é ridícula, se for de 10% não serve para nada e se for de 50% já é muito interessante”, disse.

O primeiro-ministro admitiu na quarta-feira que as portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador (Scut) poderão baixar ainda este verão, durante o debate quinzenal na Assembleia da República. Instado pela Lusa a comentar o anúncio dessa possível descida do preço das portagens nas antigas Scut, Ribau Esteves sublinhou que a Comunidade Intermunicipal a que preside apresentou ao Governo no início do ano um conjunto de propostas sobre a matéria, sem que até hoje tenha havido qualquer resposta.

A principal proposta da CIRA é de que deixem de ser cobradas portagens nas deslocações de curta distância, tendo como referência as NUT III. “Essa pode ser uma forma de o primeiro-ministro fazer o que disse na tal frase que proferiu”, afirma Ribau Esteves.

O presidente da CIRA lamenta não ter havido qualquer contacto do Governo em resposta às propostas da Região, apesar de a Comunidade Intermunicipal ter enviado uma comunicação escrita aos ministros Eduardo Cabrita e Pedro Marques, e ao próprio primeiro-ministro, com “propostas muito concretas”. “Até hoje não houve nenhuma reunião e nem sequer conseguiram agendar. Toda a gente sabe das nossas preocupações: temos muitas deslocações que passaram para a estrada nacional 109, como ainda é conhecida, com a introdução das portagens na A17, A25 e A29”, refere. Ribau Esteves considera que “a isenção de portagens em deslocações de curta distância é muito importante para a região de Aveiro, mas também para outras zonas do país, por questões de segurança e fluidez de tráfego, e pelas dinâmicas logísticas das empresas”. A isenção de pagamento na A25 é outra das “batalhas” em que o presidente da CIRA insiste: “A A25 é uma via muito especial para as nossas relações com o interior e para as empresas exportadoras na relação com Espanha, que não tem qualquer tipo de alternativa”.

 

 

Fonte: Lusa