PS: António Cardoso sublinha importância estratégica da ligação ferroviária entre Aveiro e Salamanca.

2016-10-31 17:53

Categoria: 

Concelho: 

António Cardoso, Deputado do Partido Socialista eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, participou na audição da Secretária de Estado dos Assuntos Europeus onde foram apresentadas as conclusões do Conselho Europeu de Bratislava, realizado a 20 e 21 de outubro. Aproveitando a presença da governante, centrou a sua intervenção na importância estratégica da rede ferroviária no transporte de mercadorias para o desenvolvimento económico-social de uma região ou de um país.

Afirmou que o custo do transporte por via-férrea é mais barato do que o transporte rodoviário. Essa diferenciação será crescente e irreversível devido ao preço dos combustíveis e à evolução da economia de baixo teor carbono, designadamente.

António Cardoso afirmou perante a comissão de Assuntos Europeus que do Norte e Centro de Portugal têm origem 2/3 das exportações portuguesas, das quais cerca de 50% se destinam aos mercados europeus e são escoados por via rodoviária pela A25.

Com estes dados, "fica provado que é premente a modernização da rede ferroviária nacional no Centro de Portugal de modo a assegurar a conexão dos portos da Figueira da Foz, Aveiro e de Leixões com a rede ferroviária europeia. É preciso modernizar as principais linhas férreas de bitola ibérica para a europeia afim de eliminar os constrangimentos no acesso às redes transeuropeias".

No decorrer da audição, dirigindo-se à Secretária de Estados dos Assuntos Europeus, António Cardoso, apelou à intervenção deste membro do Governo para sensibilizar os responsáveis pelas Infraestruturas Ferroviárias da Rede Transeuropeia de Transportes da importância desta infraestrutura na construção de uma nova linha férrea Aveiro-Viseu-Salamanca. "Este traçado é justificado com as novas realidades populacionais e industriais de Viseu, Tondela e Oliveira de Frades".

De acordo com estudos credíveis, o custo de uma nova linha ferroviária Aveiro (Plataforma de Cacia), Viseu e fronteira, rondará 1.200 milhões de euros, "mas será sempre um traçado a bi-bitola (ibérica + europeia) ficando desviado da Serra da Estrela, para permitir circulação rápida de comboios de 750 metros, de acordo com as normas da RTE-T. Convém lembrar que se trata de uma obra comparticipada a 50% de fundos comunitários".

Em resposta a esta questão, a Secretária de Estado dos Assuntos Europeus valorizou as questões levantadas e prometeu perante os Deputados da Comissão de Assuntos Europeus empenhar-se junto dos responsáveis pelo “Plano Ferrovia 2020”.