Polis promoveu visita à 'frente de obra' no projecto de desassoreamento na Ria de Aveiro.

2019-10-21 15:35

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A Polis Litoral Ria de Aveiro 'guiou' hoje de manhã uma visita à 'frente de obra' no projecto de desassoreamento da Ria.

Tratou-se de uma viagem à zona de dragagem, no Canal de Mira, no âmbito da Empreitada de Transposição de Sedimentos para Otimização do Equilíbrio Hidrodinâmico da Ria de Aveiro.

Os trabalhos já estão em curso no Canal de Mira com tudo preparado para mais uma frente de obra. Ribau Esteves, líder da CIRA falou sobre este projecto global de obra na laguna aveirense. (com áudio)

Atualmente encontram-se em obra quatro dragas a operar nos canais principais – Canal de Ovar, no acesso ao Cais da Bestida; Canal da Murtosa, a poente da Praia do Bico; Canal de Mira, entre a Ponte da Barra e a Ponte da Vagueira e rio Boco / canal de Ílhavo, a sul da Ponte de Água Fria.

Os trabalhos de dragagem arrancaram no início deste verão, com a entrada em obra de duas dragas. "Desde essa altura foi dragado o canal de acesso ao Cais da Bestida, à cota de -1,0 m (ZH) e cujos dragados foram colocados na margem, a sul desse cais. Foi igualmente dragado o canal de Ílhavo, a norte da Ponte Juncal Ancho, à cota de -0,5 m (ZH) e cujos dragados foram colocados em dois depósitos, um imediatamente a norte dessa ponte e o outro num tanque de aquicultura, para posterior utilização em reforço de motas da antiga marinha".

Previamente à execução das dragagens, estão a ser colocadas contenções em madeira em vários depósitos de dragados, de forma a criar condições que minimizem o seu retorno aos Canais da ria.

Recorde-se que esta obra, consignada no passado dia 23 de Abril, terá a duração de 15 meses, estando previsto dragar cerca de 1 milhão de m3 de sedimentos nos Canais de Ovar até ao Carregal e até Pardilhó, da Murtosa, de Ílhavo (rio Boco), de Mira, no Lago do Paraíso e na Zona Central, numa extensão global de 95 km, cujo objetivo passa pelo reforço de margens e motas em zonas baixas ameaçadas pelo avanço das águas e da deriva litoral, contribuindo desta forma para a minimização de riscos, especialmente de erosão costeira, bem como pela melhoria dos valores naturais e das condições de navegabilidade dos canais.

Esta ação é financiada pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, com uma comparticipação de 75%, sendo a contrapartida nacional assegurada pelo capital social proveniente do Estado e pelas Águas do Centro Litoral, no que respeita à estabilização das suas condutas.