PCP responde aos resultados das autárquicas com necessidade de "mais militância".

2017-10-09 14:54

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A Direção da Organização Regional de Aveiro (DORAV) do PCP reuniu na semana passada e já fez balanço às autárquicas com nota sobre a importância do recrutamento e enquadramento de novos militantes, a aposta na difusão e leitura do Avante, o aumento da recolha financeira (particularmente de quotas) e a criação ou revitalização de mais organismos, particularmente de empresa ou sector de atividade.

O Partido sentiu a perda de mandatos no país e no distrito aborda a perda de 2 mandatos em Assembleias de Freguesia e 5 em Assembleias Municipais. Considera que foi vítima de “uma linha de silenciamento, deturpamento e até caricatura realizada por alguns órgãos de comunicação social, aliada ao aproveitamento político que algumas forças fizeram da sua posição de poder e à emergência do populismo e demagogia de várias forças políticas”.

Deixa uma crítica aos partidos de direita mas também ao PS com referências à “perda de qualidade de vida decorrente da privatização da água e da recolha de resíduos, da ausência de uma política de transportes públicos adequada às necessidades, da promoção das desigualdades sociais, entre outros”.

Assumindo os resultados como negativos, o PCP diz que é tempo de “melhorar a coordenação, promover um estilo de trabalho mais colectivo e intensificar a ligação às massas populares”.

Regista como positivo a recuperação de um eleito na Assembleia Municipal de Anadia, e nas freguesias de Angeja/Albergaria-a-Velha, Cesar/Oliveira de Azeméis, Fiães/Santa Maria da Feira, Sangalhos/Anadia (passando de um para dois), São Jacinto/Aveiro (passando de zero para dois), Pardilhó/Estarreja (passando de três para quatro) – freguesia onde, de resto, a CDU fica a 20 votos de ser a força política mais votada.

Quanto ao país diz que apesar da recuperação de direitos e rendimentos com “uma enérgica intervenção do PCP, tanto no plano institucional, como na mobilização, esclarecimento e informação na sociedade em geral” é necessário ir mais longe.

Sublinha que os “indicadores económicos positivos dos últimos meses não apagam nem podem iludir a continuação da existência de défices estruturais, de uma economia desequilibrada e dependente, da chaga do desemprego e da precariedade e das graves desigualdades sociais que atravessam o País e o Distrito”.

Anuncia a realização de uma jornada distrital, de 26 a 28 de Outubro, em torno da valorização das conquistas como a reposição de direitos e rendimentos e promete não desistir da Linha do Vale do Vouga.