PCP assume derrota e deixa primeiros sinais de afastamento da política do Governo.

2016-02-01 14:10

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A Direção da Organização Regional de Aveiro do PCP admite que o resultado da candidatura de Edgar Silva ficou “aquém” do esperado assumindo ter falhado o objetivo destas eleições “e da sua ligação ao combate por um outro rumo para vida nacional”. Na leitura do PCP, ficam reparos ao posicionamento do PS.

“A análise destas eleições tem como aspeto marcante a ausência do PS de assunção de responsabilidades nesta batalha, a ausência de um posicionamento claro e de uma presença organizada na campanha eleitoral contribuiu para a vitória da candidatura de PSD e CDS, de Marcelo Rebelo de Sousa”.

Sobre a eleição de Marcelo, a DORAV revela que a mesma “suscita legítimas inquietações a todos os que desejam o prosseguimento de uma política de devolução de direitos e rendimentos roubados aos trabalhadores e ao povo nos últimos anos”.

A situação política do país foi analisada e as indefinições em torno do orçamento não escapam à leitura do PCP que vê Portugal como exceção na Europa pela recuperação de direitos.

“Não deixando de sublinhar as limitações da ação de um Governo que continua vinculado aos principais constrangimentos políticos e económicos que impedem a implementação de uma verdadeira rotura com a política de direita, é importante sublinhar que Portugal é o único país na União Europeia onde hoje os trabalhadores estão a recuperar direitos e rendimentos. Além da expressão nacional deste facto, no nosso distrito, sublinha-se a reversão da passagem do Hospital de São João da Madeira para a Misericórdia, como importante conquista”.

O caso BANIF e a privatização da CP Carga são apontados como aspetos negativos na Governação e o PCP de Aveiro não tem dúvidas em dissociar essa linha da orientação do Governo do Partido Comunista.

“Da chamada resolução do BANIF, passando pela concretização da privatização da CP Carga, até ao inaceitável valor de atualização de reformas e pensões, são vários os inquietantes sinais de prosseguimento de um caminho de continuidade da política de anteriores Governos. Entre outros, os sinais até agora dados relativamente à situação dos centros hospitalares do Distrito, a inércia quanto à alarmante situação do Baixo Vouga Lagunar, a continuação de um projeto inconsequente para a Barrinha de Esmoriz / Lagoa de Paramos, o prosseguimento da estratégia de políticas de mobilidade ancorada nas portagens nas ex-SCUT e desvalorização da rodovia, a degradação progressiva da Linha do Vale do Vouga e a falta de uma resposta de claro apoio aos produtores de leite que estão com cada vez mais dificuldades, são apenas alguns exemplos locais do rumo errado de algumas das opções do atual Governo”.