"Os Verdes" pedem respostas ao Ministério do Ambiente sobre praias fluviais na barragem de Ribeiradio.

2016-08-01 11:44

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“Os Verdes” querem esclarecimentos sobre reposição da praia fluvial de Sejães no âmbito do empreendimento da Barragem de Ribeiradio. O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar "Os Verdes", entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente, sobre a reposição da praia fluvial de Sejães submersa pela albufeira da barragem.

O Estudo de Impacte Ambiental refere como medida eficaz de minimização e controlo dos impactes, a recriação das praias fluviais e, como muito eficaz, a substituição das praias fluviais por estruturas de recreio e lazer de características semelhantes nas margens da albufeira de Ribeiradio, propondo ainda no Plano e Gestão da Bacia a definição de áreas para equipamentos de fruição pública, em particular nas zonas de praias fluviais afetadas pelo enchimento.

Segundo “Os Verdes”, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) Favorável Condicionada, emitida em 2009, obrigava a implementar alternativas locais às praias fluviais afetadas, de acordo com o Plano de Ordenamento das Albufeiras, referindo também que a relocalização de praias fluviais contribuirá para a dinamização da atividade turística e de lazer, tendo em conta as novas potencialidades do plano de água da albufeira de Ribeiradio.

O município de Oliveira de Frades referiu que chegou a um acordo com a EDP, empresa promotora do Aproveitamento Hidroelétrico de Ribeiradio-Ermida, para a reposição de duas praias fluviais, do Vau e de Sejães, que foram submersas pela albufeira de Ribeiradio.

Enquanto na primeira situação é referido que está projetada a construção de uma praia fluvial no lugar da Carriça, recorrendo às águas do Rio Teixeira, para Sejães em vez da praia fluvial serão construídas duas piscinas, alegando a autarquia que não é viável a utilização da albufeira.

Os Verdes levantam dúvidas sobre a eventual substituição da praia fluvial de Sejães por piscinas por considerar que coloca em causa o Estudo de Impacto Ambiental e levantar questões ao nível da economia e dos acessos.

“Em primeiro lugar, a praia fluvial é de acesso público, gratuito e está disponível durante todo o ano, enquanto a utilização da piscina poderá ter um custo e o seu acesso é sazonal. Em segundo lugar, as praias fluviais são lugares atrativos não só pelos banhos mas também pela sua envolvente, onde as pessoas podem conviver e fazer piqueniques. Por último, quem é que irá suportar os custos com a manutenção das piscinas sabendo de antemão que estes equipamentos poderão ser muito superiores aos de uma praia fluvial”.