Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior quer dar mais autonomia às universidades na captação de fontes de financiamento.

2016-12-16 17:57

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O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior assume que o Governo está a trabalhar na alteração de sistemas legais que garantam mais flexibilidade às universidades portuguesas na captação de financiamento.

Manuel Heitor diz que é necessário ultrapassar os constrangimentos da dependência das iniciativas da Fundação para a Ciência e Tecnologia e dos meios tradicionais de financiamento.

O Ministro participou num encontro, em Aveiro, sobre o Sistema de Ciência e Tecnologia, o Ensino Superior e o Emprego Científico. Avisou que é necessário novas políticas para encontrar, por exemplo, meios na colaboração entre laboratórios e na ligação às empresas (com áudio).

A mesma mensagem tinha sido deixada, ontem, pela Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, na celebração dos 43 anos da Universidade. Fernanda Rollo admite que as universidades necessitam de novos modelos na relação com o tecido empresarial.

“A nossa convicção é que é uma ferramenta poderosa e oportunidade que temos de agarrar no sentido de valorização da produção cientifica, língua, saber e identidade nacional. Não se esgota no acesso aberto. Tem exigências na ciência cidadã. Isso será fundamental para a nossa afirmação como país no plano internacional”.

O Reitor Manuel assunção faz balanço positivo à ação da Academia e diz que 2016 confirma o avanço de projetos que fomentam essa ligação como o Ecomare e o Parque da Ciência e Inovação. “

“Terminamos o novo edifício do DECA, dedicado ao design, o ECOMAR está em funcionamento, em articulação com o CITAQUA no apoio à aquacultura, o PCI com a design factory está em fase de conclusão, demos por finalizado o enorme investimento em modernização de equipamentos de investigação e aceleramos o ciclo de reabilitação dos edifícios”.

O aniversário da UA foi o momento para o primeiro discurso de Correia de Campos enquanto presidente do Conselho geral. O antigo Ministro da Saúde diz que tudo vai fazer para influenciar o desenvolvimento da Universidade.

“Os conselhos de curadores estão dispostos a aceitar riscos para tutelar uma gestão moderna de instituições velhas, de séculos, não esta mas o conceito da instituição. O vinho novo vertido em odres velhos sai sempre melhor que o vinho velho vertido em odres novos. Estamos dispostos a servir a Universidade mas queremos servi-la com responsabilidade e inteligência. Para verbo de encher não servimos. Perdemos tempos e não servimos o país. É necessário tratar da universidade como instituição adulta. Um curador cuida, não tutela”.