"Dragagem é um click para a ria de Aveiro" - Ministro do Ambiente.

2018-05-21 08:07

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A Sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro lançou o concurso limitado por prévia qualificação para o desassoreamento da ria e a sessão fica marcada pelos apelos à criação de condições para novas empreitadas com um Polis II.

Esta Empreitada de Transposição de Sedimentos para Otimização do Equilíbrio Hidrodinâmico da Ria de Aveiro (também designada por Desassoreamento da Ria de Aveiro), que tem como preço base 17,65 milhões de euros e o prazo de execução de 15 meses, culmina um processo de 12 anos.

A intervenção “Desassoreamento da Ria de Aveiro” compreende o conjunto de operações de dragagem dos fundos dos canais da Ria de Aveiro e de deposição dos sedimentos para reforço de margens em zonas baixas ameaçadas pelo avanço das águas, sendo que uma parte dos sedimentos será também depositada no mar, de forma a reforçar a deriva litoral, contribuindo desta forma para a minimização de riscos, especialmente de erosão costeira.

Nesta obra está ainda previsto o balizamento e a sinalização dos canais de navegação da ria de Aveiro.

Está previsto dragar cerca de 1 milhão de m3 de sedimentos nos canais de Ovar até ao Carregal e a Pardilhó, da Murtosa até ao Chegado, de Ílhavo / Rio Boco, de Mira, e no Lago do Paraíso e na Zona Central, numa extensão global de 95 km.

A obra, há muitos anos esperada na região, irá permitir o reforço das margens em zona baixas ameaçadas pelo avanço das águas para proteção de pessoas e bens, a alimentação de sedimentos ao litoral e a melhoria dos valores naturais e das condições de navegação dos canais. Sob o ponto de vista socioeconómico, a intervenção irá assegurar a criação de condições mais favoráveis ao usufruto da zona lagunar pela população, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da economia local, nomeadamente de atividades marítimo-turísticas em canais mais diversos.

Esta ação será financiada pelo POSEUR, com uma comparticipação de 75%, sendo a contrapartida nacional assegurada pelo capital social proveniente do Estado. Estima-se que a obra tenha início no terreno no quarto trimestre de 2018.

Ribau Esteves, em nome dos municípios da Região, falou do contentamento pelo avanço mas diz que foi uma longa “batalha” que deve merecer reflexão. E pede que se olhe já para um esforço de manutenção regular (com áudio).

O Ministro, Matos Fernandes, referiu a importância do momento e não escondeu que a ria vai ganhar com esta opção (com áudio).

Na agenda o Ministro colocou a defesa de terrenos agrícolas mas não esquecem a proteção costeira. Com as recargas cumpre-se outro dos objetivos da empreitada (com áuidio)