Apoios financeiros da Câmara: PS defende critérios diferentes e um Conselho Municipal para o Associativismo.

2020-12-23 19:27

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Um dia após a cerimónia de assinatura de contratos/protocolos com as coletividades aveiresnes, a Concelhia do PS de Aveiro conetesta as regras de atribuição dos apoios financeiros.

As Associações, "em qualquer domínio/objeto de atividade, trabalham diariamente em anos sucessivos, assumindo responsabilidades excecionais (de desenvolvimento social, desportivo, cultural, patrimonial, etc), gerando por um lado participação plural entre pares (sócios), onde cada um descobre modelos de proximidade; suplantando lacunas onde as estruturas governativas não chegam; e, em terceiro, originando laboratórios de criatividade e inovação. Em tempos difíceis, como são estes de pandemia, todo o apoio é necessário, porque também é sempre pouco para o muito que os dirigentes associativos e colaboradores assumem nas atividades, na manutenção de equipamentos e estruturas, em recursos humanos".

Os números financeiros de apoio "são, por isso, pouco relevantes para a situação", referem. "Contudo, mesmo em tempos excecionais, exigiam-se critérios claros na atribuição de apoios. E é fundamental, sem pressões ou agendas eleitoralistas, sem truques caciqueiros, criar envolvência dos dirigentes na participação das decisões, no diagnóstico da realidade, na abrangência de resultados que cada associação atinge e beneficia a todos. É determinante saber os números dos apoios, cruzando resultados, utentes, praticantes, públicos, impactos, produtos, etc., etc. – Com este propósito, o PS defendeu sempre um Conselho Municipal para o Associativismo, onde as associações em conjunto, tivessem um papel determinante na definição dos critérios de atribuição do apoio, cujo montante global seria definido pela Câmara". Os apoios "não são esmolas", vincam. "São dinheiro público, de gestão privada ou de gestão pública. Portanto, são atos públicos, portanto, políticos. E quando os gráficos apontam subidas astronómicas (nas quantias e/ou no número dos abrangidos) à medida que chega o final dos mandatos só se pode dizer uma de duas coisas: ou o diagnóstico foi mal feito, ou os responsáveis e as instituições não foram ouvidas devidamente; ou há tentativa de ludibriar quem recebe e a opinião pública (quando a esmola é grande, o pobre desconfia) . É incorreto, seja em Aveiro seja noutro lugar qualquer! Qualquer responsável politicamente honesto, quer atribua quer receba, pretende transparência, verdade, equidade e justiça", concluem.