Associação Florestal do Baixo Vouga vê “luz ao fundo do túnel” para a floresta.

2019-12-17 10:53

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O presidente da Associação Florestal do Baixo Vouga aproveita a celebração do 20.º aniversário da Associação para chamar a atenção para a importância do setor em particular na região de Aveiro.

António Augusto Fontoura de Ataíde Guimarães diz que depois de anos de abandono e desânimo nota mudanças no setor florestal e deposita esperança no futuro.

Defende que o programa de Governo fica como sinal de “luz ao fundo do túnel”.

“O programa deste XXII governo reconhece finalmente, que as Organizações de Produtores Florestais desempenham um papel essencial na gestão ordenada da floresta, e promete reforçar o papel do associativismo florestal, aumentar a área com gestão agregada de pequenas propriedades através de Organizações de Produtores Florestais, elaborar contratos programa para a gestão do território pelas Organizações de Produtores Florestais, entre outros”.

O dirigente valoriza sobretudo declarações do Ministro do Ambiente que defende ativamente uma “coligação com os donos da terra".

A Floresta da Região de Aveiro ocupa mais de 75 mil hectares e contribui para a economia familiar de mais de 30 mil produtores florestais. Após 20 anos a incentivar o planeamento e a gestão da propriedade privada de mais de 1.300 associados, a Associação Florestal do Baixo Vouga (AFBV) influencia diretamente, hoje, cerca de 20 mil hectares da floresta da Região de Aveiro, dos quais mais de 6 mil hectares são de área certificada.

O resultado desse trabalho intensivo, dedicado à floresta e aos produtores florestais, fazem da AFBV uma das maiores associações do país, no que diz respeito ao impacto no território.

Em área marcada pelo minifúndio e que discute a falta de rentabilidade, os riscos elevados de incêndio, os ataques de pragas e doenças e a falta de políticas para o setor, a associação coloca o associativismo como caminho a manter.

“Em 20 anos, conseguimos, em estreita ligação com os proprietários associados, georreferenciar os seus prédios, introduzir o melhor conhecimento e tecnologia nas práticas silvícolas, conseguimos maiores produtividade e conquistamos mercados e, com as áreas agrupadas, fomos ainda capazes de inovar na reestruturação das propriedades para ganhar dimensão nos trabalhos florestais. Em 20 anos, os nossos associados conseguiram ainda demonstrar que é possível valorizar a componente ambiental em simultâneo com a floresta produtiva. Ao assumirem o papel de autênticos guardiões da Natureza e da Floresta, prestam um serviço incalculável à sociedade, sem que, no entanto, haja qualquer reconhecimento público digno de registo”.