Crise instala-se no GD Gafanha. Seccionistas apresentam demissão (querem autonomia nas Secções). Presidente diz que está "no limite" e que pondera abandonar o Clube.

2018-11-14 16:15

Tópicos: 

Categoria: 

Concelho: 

Áudio da Notícia:

Os Diretores das Secções do GD Gafanha terão apresentado cartas de demissão, mantendo no entanto a intenção de continuar a dirigir as várias Secções (Futsal, Basquetebol e Atletismo), de forma autónoma da Direção do Clube, liderada por João Paulo Ramos.

A Assembleia-Geral do Gafanha adiou recentemente a discussão e votação do Relatório de Gestão, Balanço e Contas apresentados pela Direcção, respeitante ao exercício que terminou em Junho deste ano e adiou a votação do Plano de Actividades e Orçamento para a época 2018/2019.

O Relatório apresentado, levantou dúvidas que alguns membros da Direcção e os sócios querem ver esclarecidas.

Sabe-se que haverá questões relacionadas com o fim da gestão dos anteriores membros da SAD que, alegadamente, reclamam uma verba na ordem dos 70 mil euros mas que a Direção não reconhece.

Sem as contas do Clube aprovadas, os Protocolos de apoio financeiro a 'assinar' com a Câmara de Ílhavo, não serão assinados.

A crise financeira instala-se no GD Gafanha e só a constituição da SAD, com eventuais novos investidores 'à cabeça', eventualmente, resolverá o problema.

O Presidente do Clube, João Paulo Ramos (na foto), esta tarde, em entrevista à Terra Nova, garante que está a chegar ao seu limite e poderá abandonar a Direcção, a qualquer momento. (com áudio)

Crise financeira instalada no GD Gafanha. Os Directores de Secção querem desvincular-se da Direcção. Já terão apresentado cartas de demissão e o Presidente apela à união para poder continuar a gerir o Clube.

A Câmara de Ílhavo avisa que é determinante a entrega de documentação para fechar o Protocolo de colaboração financeira. O Gafanha, espera pela Assembleia-Geral para a regularização das contas, para, assim, aceder às verbas de que tanto precisa.

João Paulo Ramos diz que está "a ponderar sair". Os seccionistas "não podem ficar a gerir 'quintinhas' no Clube (...) trabalhar com a minha dedicação, avançando com dinheiro pessoal, como eu não apareceu ninguém, não merecia isto", vincou.

"O meu limite está perto. A exaustão é grande. Tenho a certeza que as coisas deveriam ter outro caminho. A pessoas das secções querem manter as Secções no activo mas sem ligação à Direcção. Assim, não continuo. Se os da terra não querem, o problema é grave. As contas do Clube tem de ser aprovadas em Assembleia. Sem essa aprovação não teremos o dinheiro da Câmara. Se isso não acontecer o meu projecto termina no dia seguinte", disse.

As secções aguardam pela apresentação das contas e prometem tomar posição em Assembleia Geral. 

(em actualização)