Concerto de abertura dos Festivais de Outono marcado para esta sexta no auditório da Reitoria da UA.

2017-10-20 07:19

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A 13ª edição dos Festivais de Outono arranca esta sexta com a Filarmonia das Beiras e obras de Ravel, Grieg, Sinding e Beethoven. Haverá espetáculos até 30 de novembro.

Os Festivais de Outono, promovidos pela Universidade de Aveiro, vão dar um especial realce, na 13ª edição, ao órgão da Sé, através de dois concertos com reportório barroco. Para além destes concertos, haverá mais dois em colaboração com o congresso Electroacoustic Winds (EAW). A abertura, esta sexta, no auditório da Reitoria, será com a Orquestra Filarmonia das Beiras dirigida pelo mastro convidado Claude Villaret, tendo como solista Roberto Valdés (Violino).

Trata-se de um evento que, "para além servir a cidade e a região de Aveiro com uma oferta musical que, sendo maioritariamente de natureza erudita, é eclética e multidisciplinar", explica António Chagas Rosa, programador, maestro e professor do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da UA.

Os FO são também um espaço de interfaces e intercâmbios. Entre um ambiente de escola e o panorama musical profissional. Entre músicos consagrados – caso de Miguel Jalôto/Ludovice Ensemble que interpretam Leçons de Ténèbres e Miserere, de Michel Richard Delalande, na edição deste ano - e jovens músicos. Entre músicos formados e não formados na UA. Entre portugueses e estrangeiros a desenvolver carreira em Portugal.

Com o objetivo de envolver a cidade e a região nas atividades do Festival, afirma ainda o maestro e programador, privilegiam-se espaços para além do campus da UA, como o Museu de Aveiro, o Teatro Aveirense e a Sé, apostando numa maior abrangência e proximidade com a população.

No Museu de Aveiro vai ouvir-se música de câmara. Num desses concertos, poder-se-á escutar a integral das sonatas para violino e piano de Luís de Freitas Branco, com Nuno Soares e Iuri Popov.

O órgão da Sé destaca-se no recital de órgão a quatro mãos, com António Mota e André Pires, dia 10 de novembro, e também no concerto de dia 14, às 21h30, com o Ludovice Ensemble (integrando Fernando Miguel Jalôto).

Haverá ainda ocasião de escutar as "sonoridades surpreendentes", caracteriza o programador, do Simantra Grupo de Percussão e dos Senza, conhecidos pelo seu CD Praia da Independência.

Dois dos concertos do programa coincidem com atividades da Conferência Internacional Eletroacoustic Winds, no DeCA, de 13 a 17 de novembro. São o caso do Concerto para Clarinete e Multimédia, com Lori Freedman, a 14 de novembro, às 18h30, e da ópera “Itinerário do Sal”, de Miguel Azguime, a 15 de novembro.

Como é habitual, o programa dos FO2017 conta com, segundo termo usado por António Chagas Rosa, a "presença estruturante", da Orquestra Filarmonia das Beiras para os concertos sinfónicos de abertura e de encerramento e também com as Orquestras de Sopros e de Cordas do DeCA.