PJ - Crime na Murtosa: Telemóvel de suspeito esteve desligado na noite em que grávida desapareceu. (JN)

2023-11-18 18:21

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Na noite de 3 de outubro, quando Mónica Silva desapareceu na Murtosa, o telemóvel do seu ex-namorado e alegado pai do filho de quem estava grávida encontrava-se desligado. Essa foi uma das questões cruciais no interrogatório a Fernando Valente, que este sábado continua a ser ouvido por uma juíza no Tribunal de Aveiro.

O empresário, que sempre alegou apenas ter tido uma relação de uma noite com Mónica, foi detido, na quarta-feira à noite, pela Polícia Judiciária (PJ), por ser suspeito da sua morte e ocultação do cadáver. 

O primeiro dia de interrogatórios, sexta-feira, durou desde cerca das 19 horas até às 23, quando foi suspenso. Fernando Valente aceitou prestar declarações e terá afirmado que, na noite no desaparecimento de Mónica, havia jantado com os pais na Torreira, num apartamento que a família ali possui. Mais complicado, no entanto, foi justificar o porquê de ter tido o telemóvel desligado, várias horas, no decorrer daquela noite. 

Este sábado de manhã, depois de ter passado a terceira noite nas instalações da PJ de Aveiro, Fernando Valente voltou ao Tribunal de Aveiro, onde continuou a ser submetido ao interrogatório judicial – que, ao que tudo indica, por volta das 15 horas já teria terminado. É esperado que, ao final do dia, sejam conhecidas as medidas de coação  a que o indivíduo ficará sujeito, enquanto aguarda o desenrolar da investigação – e que podem ir da menos gravosa, o Termo de Identidade e Residência, à mais elevada, a prisão preventiva. 

Entretanto, na Murtosa, mantêm-se as buscas pelo corpo de Mónica, centradas agora num poço situado num terreno, após denúncia de um popular para um cheiro intenso que se sentia no local.

Há 45 dias, na noite de 3 de outubro, Mónica saiu de casa, na posse das ecografias da gravidez. Segundo a família, foi encontrar-se com Fernando Valente, o homem que dizia ser o pai do bebé que esperava, mas que não queria assumir a paternidade da criança. Apesar de, horas depois, ter telefonado aos filhos – de 11 e de 14 anos – a dizer que estava prestes a regressar, Mónica nunca mais voltou nem foi vista. O seu telemóvel foi desligado na mesma noite.

 

 

Fonte: JN