Aveiro: Município contra ampliação do aterro de Eirol.

2024-03-29 09:23

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Aveiro está contra a intenção da ERSUC de ampliar aterro sanitário de Eirol.

O Executivo Municipal teve conhecimento do ofício enviado ao até aqui Ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, onde a Câmara Municipal de Aveiro informa que é contra à continuação do funcionamento das instalações da ERSUC (TMB, Estação de Triagem, Aterro Sanitário, etc) em Eirol, após o fecho da segunda célula de aterro sanitário e que pretende que as mesmas mudem de localização para outro Município.

No âmbito da elaboração do Plano de Ação para a Estratégia de Gestão de Resíduos Urbanos (PAPERSU) da ERSUC, tem participado em reuniões técnicas e do Conselho Consultivo dessa entidade, onde em novembro de 2023 a CMA já tinha transmitido a sua posição sobre este tema à administração da empresa.

Para a CMA “é tempo – ao fim de muitos anos – de começar a pensar numa nova localização para esta unidade para onde são encaminhados os resíduos urbanos da Região”.

Com o aterro de Taboeira, em Esgueira, aberto em 1998, e depois, desde 2012, com a Unidade de Tratamento Mecânico-Biológico (UTMB) de Eirol, há mais de duas décadas que os resíduos de vários municípios da Região são dirigidos para Aveiro.

“Uma vez esgotada a capacidade da UTMB e seu aterro sanitário de apoio, o destino dos resíduos deverá passar a ser outro”, afirma a Câmara de Aveiro.

O plano estratégico da ERSUC prevê a intenção de “expandir o aterro sanitário” em Aveiro até uma capacidade de 1.200.000 toneladas.

Esta terceira célula terá uma longevidade estimada de 12 anos.

“Com este PAPERSU da ERSUC vão ser investidos milhões de euros no alargamento destas instalações em Aveiro, nomeadamente com a criação de uma terceira célula de aterro sanitário, alargamento da Estação de Triagem e alargamento das linhas dedicadas de tratamento de biorresíduos recolhidos seletivamente, bem como a frota da ERSUC de viaturas de recolha seletiva vai aumentar significativamente, com impactos negativos muito fortes para a população aveirense que, assim, teria o fardo de suportar durante um total de 42 anos o tratamento dos resíduos urbanos da Região”, refere a autarquia.